Eras formosa... As linhas das tuas curvas, nos verdes relevos,
faziam belos contornos.
Contrastando com o azul do céu e o verde das águas do mar, do amanhecer ao pôr do sol. Tudo que a vista alcançava, sobressaíam os morros maiores, e o bondinho parecia um pingente pendurado em um colar, a ornamentar um busto jovem de uma bela mulher. Sublime beleza, sem par: como eras maravilhosa! Encantava o olhar ao lado o Cristo: - Os braços abertos, abençoando tanta natureza viva, que faz pulsar mais forte o coração dos que deslumbram esse quadro, os visitantes de todas as partes do nosso planeta.
E ainda de
braços abertos está, agora não sei... Se abençoando ou decepcionado, pedindo
compaixão aos causadores de sua morte, pois num dos morros os garis limpavam a
sujeira deixada pelos turistas nas encostas. Os rios mal-cheirosos, que recebem os esgotos que depois são lançados nas praias (detritos), e que provocam
imensas línguas negras, levando à morte a fauna e a flora. Os manguezais se
transformaram em lixões, e nas ruas próximas, os postes estão ornamentados pelas aves de
rapina em busca de seu alimento em decomposição.
Nossas casas, deveriam ser lugares seguros, são invadidas por bandidos nos ameaçando,
levando tudo que foi adquirido com tanto sacrifício. As ruas sujas por
propagandas de todo tipo, os bueiros a exalar o odor horrível do material
orgánicos lançado pelos nascidos no teu berço, que num gesto desapercebido,
levam apenas as mãos às narinas. Tudo isso sem providência alguma daqueles que deveriam
zelar por ti.