sábado, 6 de dezembro de 2014

Epitáfio



Eras formosa... As linhas das tuas curvas, nos verdes relevos, faziam  belos contornos.  

Contrastando com o azul do céu e o verde das águas do mar, do amanhecer ao pôr do sol. Tudo que a vista alcançava, sobressaíam os morros maiores, e o bondinho parecia um pingente pendurado em um colar, a ornamentar um busto jovem de uma bela mulher. Sublime beleza, sem par: como eras maravilhosa! Encantava o olhar ao lado o Cristo: - Os braços abertos, abençoando tanta natureza viva, que faz pulsar mais forte o coração dos que deslumbram esse quadro, os visitantes de todas as partes do nosso planeta.


E ainda de braços abertos está, agora não sei... Se abençoando ou decepcionado, pedindo compaixão aos causadores de sua morte, pois num dos morros os garis limpavam a sujeira deixada pelos turistas nas encostas. Os rios  mal-cheirosos, que recebem os  esgotos que depois são lançados nas praias (detritos), e que provocam imensas línguas negras, levando à morte a fauna e a flora. Os manguezais se transformaram em lixões, e nas ruas próximas, os postes estão ornamentados pelas aves de rapina em busca de seu alimento em decomposição.

Nossas casas, deveriam ser lugares seguros, são invadidas por bandidos nos ameaçando, levando tudo que foi adquirido com tanto sacrifício. As ruas sujas por propagandas de todo tipo, os bueiros a exalar o odor horrível do material orgánicos lançado pelos nascidos no teu berço, que num gesto desapercebido, levam apenas as mãos às narinas. Tudo isso sem providência alguma daqueles que deveriam zelar por ti. 

Vivo na esperança de um dia contemplar a tua ressurreição, tu que fostes tão bela, chamada de maravilhosa pelo mundo afora, tuas praias fascinavam. Nada ofuscava tamanha beleza. Desejo voltar a contemplar o anoitecer sem a luz artificial do mundo, mas sob a luz da lua, a iluminar aquelas areias outrora brancas de suas praias, que deixavam visíveis todo movimento dos Tatuís trazidos pela onda, que quebrava a escuma, como bordado de branca renda. “Oh, Cidade do Rio de Janeiro!”.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Ao Entardecer

Caminhava à beira mar. Naquele dia o sol aos poucos passava a iluminar o outro lado do globo. A cor púrpura aos poucos sumia na linha d'água. Começavam a aparecer os primeiros pontinhos de luz no céu (aqui na Ilha).

Meu olhar se perdia na imensidão à espera da lua, em sua luz refletida, que a todos encanta e inspira. Ela começou a surgir faceira, devagar, e a luz já bordava o horizonte, lá onde a água do mar parece juntar-se ao céu já estrelado. Essa visão muda a cada entardecer. Com a lua já alta clareando a orla e também meus passos, o brilho da fina areia branquinha cintilava a cada passo. Na suave caminhada, a escuma era um branco véu que contornava toda a praia, não olhava as pessoas, que como eu, apreciavam a beleza da natureza, que nos presenteava naquele dia, trazendo à mente nossa ingratidão para com ela, pois os homens não respeitam a vida marinha próxima à orla. Quando aqui cheguei, a vida marinha era abundante, cheguei a colher tarióba, um molusco grande que ficava sob a areia da praia, os tatuís corriam a se esconder na areia, a cada onda que quebrava.

Sentei-me em um banco na calçada, fiquei quieto, absorto, encantado diante desse quadro, incomum, diferente a cada dia. Eu viajava em meus pensamentos. Comparei a natureza a um órgão do corpo humano: o coração. Ele tem a função de regar todo nosso corpo com sangue, sustentando todo corpo até as extremidades, para que todos os membros funcionem com perfeição e vivamos com saúde. Negamos tal saúde à natureza hoje em dia. Também somos parte desta terra, deste globo azul! É aqui que vivemos, partes diferentes deste mesmo universo, que produz tudo que é preciso para viver. O bem estar e funcionamento do nosso corpo dependerá sempre de como cuidamos desse maravilhoso lugar. Tenho como paramento o coração do homem, que leva toda energia dos fios de cabelo às plantas dos pés. Essa comparação se dá porque o homem recebeu do criador a missão de cuidador do mundo. Fertilizar, plantar o solo para proporcionar a esse mesmo homem a energia suficiente para alimentar toda criação que se multiplica a cada dia, com o fruto vindo deste globo, que nos encanta ao entardecer. Minha mente, neste dia-noite, levou-me até o livro bíblico de Gênesis, onde se encontra a ordem do criador, que no ato da criação ordenou: cuidai, enchei a terra e do fruto do teu suor plantarás para o teu sustento. Desobediente, o homem foi expulso do paraíso. E hoje pagamos o preço, por ganância e irresponsabilidade, e teimamos em não admitir e assumir essa responsabilidade.

Fazemos parte da natureza temos a função, como homens , mulheres, avós, pai, mãe, tios e irmãos, de irrigar em todos os aspectos a natureza e a vida.vegetal e animal, desfrutando das riquezas minerais do seu subsolo. Assim como o coração leva o sangue a todo o corpo, a obrigação de irrigar nosso viver, tornando-nos fortes, preparados com educação, alimentando com o fruto que produz o solo, passando tudo que edifica com os mais experientes, respeitando as leis naturais, e seguir segundo o propósito para o qual fomos criados. "E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre tudo" (Gênesis 1:28).

Rio, 10 / 10 /2014 Janilsonroberto.blogspot.com

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Poty

Sou guerreiro do litoral, Rio Grandense do Norte.
Tenho nas veias o sangue do indio potyguara.
Não tenho medo de ir para o norte ou para o sul
Sou valente jangadeiro, de caiçára à Baia formosa.

Sigo atrás dos cardumes de algarobas, que vem aqui procriar,
seguindo as correntes marinhas, que de seis em seis meses mudam de habitar
do norte para o sul dobrando uma ponta de terra
em forma de joelho,que aponta, para o continente áfricano.

Tenho a mistura do negro e também do português,
vindo do outro lado do mar, sou mestiço é bem verdade
dos primeiros à nossa a nossa costa chegar, seja escravo ou explorador
tenho orgulho desta mistura.
Não sou branco, não sou negro, sou mistura das três raças que me fizeram
forte guerreiro, para vencer as batalhas da vida, que venham acontecer.

Sou descendente portanto dessas raças que desbravaram o Nordeste Brasileiro
Não tenho do que me envergonhar, esteja no Norte ou no sul,
Sou Brasileiro, sou poty, sou também Zumbi dos palmares e também
O português desbravador, deste Brasil sofredor, que de suas riquezas

Depois de mais de cinco séculos, ainda não desfrutou.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Insatisfação com nossos representantes

Nós, o povo, viajamos no campo das idéias, meditando ponderadamente sobre o que é melhor para a convivência e o bem estar da sociedade, com sabedoria. Debatemos promessas não realizadas dos eleitos, visando sempre a convergência de opiniões dos insatisfeitos. Mas esse tom moderado não foi suficiente para abrir os ouvidos dos acastelados por nós, eleitores, no parlamento brasileiro.

Por isso, podemos afirmar: O quebra-quebra tornou-se instância dos que falam, mas não são ouvidos. Eles não falam demais, os representantes é que ouvem de menos, ou escutam só o que lhes interessa, é claro.

Convém destilar as insatisfações, isto é, sair do estado de carência e injustiça para o estado de verdadeiras realizações, sem trazer dano a tudo de útil que já foi realizado. Para exemplificar este momento baseio-me em fatos recentes, ocorridos durante as legítimas manifestações transmitidas pela TV em todo país. Podemos afirmar, pelo que foi observado, que no início, noventa por cento dos envolvidos levantaram suas bandeiras pacificamente. Notou-se também que tratavam-se de pessoas ordeiras, desejosas de ações sem dissimulações por seus representantes, eleitos com seus votos. Mas em qualquer movimento destinado a fazer as promessas se tornarem realidade, corrigir desvios éticos como a corrupção ou a correção de comportamento prejudiciais como o desvio da arrecadação dos impostos destinados as prioridades essenciais do povo, o que se quer é o mínimo de bom senso. O descontentamento popular quanto ao descumprimento às leis brasileiras, que mal processam políticos condenados (e o que dizer sobre condenações...), é fruto de opções administrativas, políticas e judiciais que mantém tais políticos blindados em seus castelos, com aparência de homens de bem, além de permitir que assumam a posição de relatores em comissões de justiça, em nosso parlamento, mesmo sendo julgados e condenados na mais alta Corte Brasileira. Isso é um desprepósito um desrespeito ao povo que confiou-lhe seu voto.

Devemos começar esta metamoforse pela maneira de demonstrar nossa insatisfação, deixando fluir a razão, porque é com esta luminosidade que nortearemos as nossas esperanças em termos revidicações justas atendidas pelos nossos governantes.

Uma manifestante que carregava uma faixa, entrevistada pelo reporter da emissora, afirmou que sem partido não há democracia, concordo nesse aspecto. Na faixa deveria estar escrito “esses partidos não”! Claro que se tratava de alguem ligado aos partidos, eles trabalham visando levar vantagem do cargo legitimado pelo povo, para se locupletarem às custas da função confiada a eles nas eleições, por milhões de brasileiros. Governo que cria comissões investigativas relembrando o que se passou a quarenta anos, gastando soma relevante da receita oriunda dos impostos, com a desculpa de escrever a história, esquecem que a história tem dois lados: vencidos e vencedores. Mesmo porque ambos cometeram atrocidades. Viver preso ao passado é passar aos nossos filhos o ódio de seus pais, como ocorre na Palestina.

É preciso fazer uma retrospectiva dos últimos anos, iremos verificar com clareza as realizações, as heranças de cada governo e os beneficios deixados por cada um deles. Devemos começar pelos benefícios financeiros dos ultimos anos como o plano Real, nesta época as taxas cobradas ao cidadão pelas instituições financeiras, como cartão de crédito e cheque especial, giravam em torno de 8% ao mês. Quanto aos atrasos em prestações, cobrava-se 0,2 % a cada dia. Hoje só para termos uma ideia do disparate, cobra-se 17% ao mês na rolagem da dívida, enriquecendo cada vez mais os banqueiros. Em contrapartida empobrecendo a classe média brasileira. Concluimos que os antigos agiotas foram oficializados pelo atual governo, concorrendo para uma inadimplência nunca vista.

Não convém esquecer os avanços sociais que mesmo subsidiados com dinheiro publico, tiraram as classes mais desfavorecidas da miséria, não pode ser algo permanente, e sim transitório: que proporcione aos beneficiários condições para sair da situação de penúria e habilitá-los a construir um caminho de independência financeira.

Nos governos militares outro avanço significativo observado foi na geração de energia. As usinas Itaipu, Jupiá e Tucurui são hidroelétricas concluídas produzindo juntas 106.657.128 megawatts hora de energia limpa (os governos dos ultimos anos receberam em pleno funcionamento estas tres hidroelétricas)e as uzinas nuclear Angra 01 e 02 e o proálcool, energia retirada da cana de açucar. a ponte rio Niterói. Após 64, os governos que se seguiram também obtiveram sucesso considerável.

Outra área que teve avanço significativo foi a comunicação, graças a esse desempenho hoje podemos nos comunicar com o resto do mundo em questão de minutos em alguns estados da federação.

Infelizmente não houve o mesmo avanço nas aréas da saúde, educação e locomoção, como o caso das estradas nas grandes metrópoles: o fluxo de automóveis não consegue funcionar para atender a grande quantidade de veículos em circulação. Fabricamos muitos carros mas não temos estradas para eles trafegarem. As malhas ferroviárias foram abandonadas. Abro um parentese para elogiar o Exército Brasileiro pelo ótimo trabalho na realização do trecho de estrada de 150 Km ligando os estados da Paraíba ao Rio G. Do Norte como também o seu trabalho na transposição de parte do rio S Francisco. Essa parte das obras, sob responsabilidade do exército, foram concluídas no tempo previsto e com uma economia de 50%, segundo os orgãos de comunicacão como o Globo Rural, só para ter uma idéia , a poucos dias a TV Globo informava que só o trecho no estado do Ceará que estava orçada em quatro bilhões de reais teve um acréscimo, passando para oito bilhões de reais.

E para decepção dos brasileiros as empreteiras contratadas pelos órgãos do atual governo pararam a obra tão sonhada pelos nordestinos, que tanto sofrem com a seca.

As justificativas dadas pelo governo são pouco convincentes, assim como as das empresas contratadas (é dito que a inflação corroeu os lucros), sendo assim as empresas arcariam com um prejuízo que precisa ser estudado e corrigido, segundo o ministro da pasta responsável pelo projeto.

Não somos um povo “acéfalo”, Excelentíssima Senhora Presidente: também temos nossa massa cinzenta que visualiza, ainda que soframos com as injustiças, fome, e todos males que venham nos afligir.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

O Boi Bordado

Nasci na usina Cutinga, no interior da Bahia
Tenho por nome Francisco, Araújo, nome de pia;
Registrado naquela freguesia.

Com a morte de minha mãe, fiquei aos cuidados
De minha madrinha de crisma. Havia nela a pluralidade do amor familiar.
Que me presenteou com um boi malhado,
Mas logo o batizei.
De “boi bordado”.

Não era boi de carroça! mas me servia como montaria.
Foi montado no boi bordado que frequentei a cidade vizinha,
Quando lá me afeiçoei a uma cabocla.
- Sublime! Expressou meu coração,
Ela se chamava Ainá.
A visão que eu tinha dela era singular.

Ao completar a idade, na Marinha me alistei,
Mudei para a Capital levando em meu coração
A lembraça da cabocla.
De posse de meu diploma,
À Uzina retornei,
Montei no boi bordado
E parti em busca da cabocla que por ali deixei.
O casório aconteceu assim que a encontrei.

Entre os convivas estava um amigo,
Que antes me prometera: - Estarei nesse casório!
Por isso não me espantei
Quando na festa o encontrei.
Depois de algum tempo,
Foi nascendo o fruto desta bendita união,
Qquatro  meninas foi o presente desta relação,
Uma que veio por afeição,
Que amo igualmente,
Pois todas moram em nossos corações.

Hoje ao contar minha história, posso repetir com segurança o que disse o poeta: -Sou dono do meu destino, sou capitão da minha alma¹. Perdi algunhas batalhas, mas venci as mais importantes da vida, espero com segurança o meu entardecer. Cultivando sempre aquele amor inicial, aos cuidados da minha madrinha. Que me deu tanto amor maternal, e na lembrança, meu saudoso boi bordado.

             

¹Willian ernest henley.   

terça-feira, 12 de agosto de 2014

O Casamento



“Portanto deixará o varão o seu pai e sua mãe, e  apegar-se-á  a sua mulher, e serão ambos uma só carne (Gênesis 2:23-24)”.
       Conheci um casal que tinha quatro filhos, e certa época foram os dois acometidos por uma doença grave que os obrigou à internação para tratamento. Decidiram, então deixar as crianças sob os cuidados dos padrinhos nesse período de grande dificuldade.
      Passados alguns meses a normalidade foi restabelecida e podemos contar tal história, que mostra a complexidade e força da união no casamento, que  além do casal, envolve todos os que os cercam. O compromisso assumido por ocasião das núpcias foi exercido com alegria e responsabilidade por todos, até pelos que foram convidados para aquela ocasião. Passaram-se anos desde tal acontecimento, e observamos transformações sócio- politicas que afastam o povo de atitudes como a desse casal, tão fiel aos princípios bíblicos. Temos famílias ameaçadas com conceitos e projetos políticos de pessoas com intenções duvidosas que chega ao parlamento brasileiro, tudo isso amplamente respaldado pela influência massiva da mídia, com todo tipo de programas televisionados ou jornais e revistas que propagam e apoiam a banalização de algo que nasceu no coração de Deus: o casamento. Temos, por exemplo, a proposta de emenda à Constituição de autoria de uma senadora, e elaborada pela comissão especial de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma proposta controversa, que visa acabar com a família tradicional, retirar os termos “pai” e “mãe” dos documentos, acabar com as festas tradicionais das escolas (dia dos pais, das mães) para “não constranger” os que não fazem parte da família tradicional etc.
        Estamos portanto, diante de um tabuleiro de xadrez em que, temos de um lado a familia em formação com noivo e noiva (Rei e Rainha), pai e mãe, as testemunhas (peças de movimentação variadas que defendem o casamento) e os convidados, amigos dos nubentes (os peões), todos concorrendo para o sucesso da união. Mas nota-se que alguns pais já orientam no sentido de dessacralizar o casamento: “Se não der certo separa e pronto”. A finalidade principal desta blindagem de pais e testemunhas deve ser justamente o oposto de tal pensamento: Não deixar que o Rei caia, porque se ele cair o sofrimento derruba sua mulher (1 Corintios 11:3) e a todos, pois uma união significa mais do que mera assinatura de contrato.
       Do outro lado do tabuleiro, pessoas sem compromisso algum com a familia estabelecida por Deus, propagando e apoiando ideias que são  pessoais, contrárias ao pensamento da maioria do povo brasileiro, levantam a bandeira de uma pretensa “normalidade”. Dizem coisas como: -o namorado da minha filha sempre dorme aqui, hoje em dia é normal. -minha filha tem doze anos, mas quando vai a boate eu vou com ela.
        O discurso da “normalidade” é talvez reflexo do pensamento contemporânio onde vivemos a vida como se fosse um grande supermercado no qual devemos escolher marcas expostas em prateleiras. Eles tentam destruir a instituição do casamento como se escolher um marido ou esposa fosse a mesma coisa que selecionar um produto no mercado,  e em caso de engano pudéssemos voltar ao mercado e trocá-lo por outro! A familia não pode ser tratada de forma tão banal, não é um produto, não é descartável! Continuando a comparação com o tabuleiro de xadrez, vozes da “normalidade” como a senadora e seu ex marido, serão o par de Rei e Rainha adversários, Jesabel e Acabe. As peças maiores são aqueles que confirman tais aberrações, e os soldados do outro lado do tabuleiro os que compartilham esse discurso que banaliza os relacionamentos. São essas vozes da normalidade que gritam na mídia através de políticos com pretenções DUVIDOSAS que acabam influenciando a juventude, que já considera normal colecionar parceiros de “ficação” diferentes, tendo como foco o simples prazer e pouco se importando com compromissos ou sentimentos. Tão sério é esse embate, urge necessidade de fortalecer o nosso lado do tabuleiro não deixando que essas ideias tomem conta de nossos jovens. Não devemos confundir quebra de compromisso assumidos , quando casamos, como a fidelidade por exemplo.Onde Deus permite o divorcio, o mais passamos a ser uma só carne, como esta escrito nas sagradas escrituras. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Brioches para o povo!

Para acalmar a ira do povo faminto, a Rainha Maria Antonietta determinou -Se não têm pão, que comam brioches! Mas foi no país dela, é claro. Aqui, a massa faminta do Brasil vem acalmando o “ronco da barriga” com brioches diferentes da história da rainha francesa. Nas terras de pindorama há vários tipos de brioches além do pão de cada dia: temos o futebol que não pode transformar-se no escambo principal, o carnaval, e as telenovelas que induzem os mais despreparados a copiarem o que vêem na telinha. É com o mínimo de esforço necessário que observamos os políticos no poder aproveitando esta carência de pão e circo (que aqui recebem o nome de políticas assistenciais e mídia) e a facilidade de manipular o fascínio do povo para disfarçar as verdadeiras e escusas intenções.


No caso do futebol, devemos considerar que a derrota da seleção brasileira diante dos Alemães pelo placar de 7 a 1 deixou uma boa parte do povo triste (especialmente os admiradores do esporte bretão), mas ao mesmo tempo foi muito útil e esclarecedor se considerarmos o resultado como um alerta de que a "pátria de chuteiras" não deve aceitar trocar seus votos por nada. Todos os estados brasileiros têm problemas, não é só falta de pão, até porque esse alimento é distribuido todo mês em forma de um benefício chamado de bolsa família, que segundo uma beneficiária que andou famosa lá pelas bandas do YOUTUBE: -Nunca aumentou. Só ganho 134 reais e não está dando nem para comprar uma calça para a minha filha que tem dezesseis anos. Porque uma calça para uma jovem de dezesseis anos é mais de 300 reais.

E a barriga (ou o armário) fica cheia, mas continuamos com o grito na saúde, educação, moradia e transporte. Em alguns estados falta até água! São coisas que ocorrem no país que detém 12% da água superficial do planeta e possui ainda em parte de seu território a maior reserva de água doce subterrânea das Américas: o aquífero Guarani, com um milhão e duzentos mil quilômetros quadrados de área. O dinheiro para atender essas carências toma o rumo do bolso de alguns parlamentares ou são desviados para financiar empresas na copa das copas.

As necessidades do povo brasileiro são deixadas para trás, e o país do futuro (lembra?) só deixará de ser um sonho quando cortarmos os tentáculos do poder finaceiro e reforma das leis que permitem esse escambo escandaloso com o dinheiro público. Benesses políticas com a cara de assistencialismo, a corrupção financiadora de empresários que anda infiltrada em nosso parlamento e a escolha de diretorias (secretariados, parceiros, licitações) numa ação entre amigos, com a finalidade de obter votos ou blindar líderes.

Como podemos ver, o mal se alastra com muita rapidez em todas áreas.Temos nossas prioridades, pagamos nossos impostos para suprir todas elas. Não se trata de favor nem troca, é uma obrigação de quem governa ou lidera, o atendimento às revidicações prioritárias em todos segmentos da sociedade, e até mesmo no religioso. O Rei Saul foi o escolhido do povo e foi dada posteriormente a oportunidade de correção, quando constatou-se o engano.

São anos engodando a massa em troca de votos, pouco estudo e muitos benefícios permanentes sem perspectiva evolutiva alguma. Custear ou incentivar a malandragem não é sinônimo de progresso em lugar nenhum do mundo. Os coronéis do passado recente usavam o voto de cabresto, e em troca, providenciavam benefícios para seus empregados e os mais humildes da cidade. A diferença é que os coronéis vendiam a comida em seus armazéns, anotavam no caderninho. Ali mesmo, no interior da fazenda, vendia-se de tudo, era permitido fazer uma pequena moradia de táipa, onde residia a maioria deles, e no fim do mês nada a receber, mas esfolavam-se com trabalho, toda a família, sem carteira assinada sem recibo. João Cabral de Melo Neto, no tão conhecido livro “Morte e Vida Severina” resume o triste destino desse povo explorado que sonha tanto com um pedaço de chão, sua própria terrinha para plantar:


— Essa cova em que estás,
com palmos medida,
é a cota menor
que tiraste em vida.
— É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
é a parte que te cabe
deste latifúndio.
— Não é cova grande,
é cova medida,
é a terra que querias
ver dividida.
— É uma cova grande
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo.
— É uma cova grande
para teu defunto parco,
porém mais que no mundo
te sentirás largo.
— É uma cova grande
para tua carne pouca,
mas a terra dada
não se abre a boca.

— Viverás, e para sempre,
na terra que aqui aforas:
e terás enfim tua roça.

E com essa exploração os coronéis, donos do sertão, comandavam cidades inteiras. Este controle do poder político através do poder financeiro, hoje tem uma nova roupagem, ele é feito através do poder público com dinheiro público. São as mesmas práticas dos nossos colonizadores, quando aqui chegaram.

Os inúmeros escândalos recentes comprovam e deixam claro os verdadeiros objetivos dos politicos e seus súditos, Que se resumem em: permanecer no poder financiado pela máquina pública engodando a camada mais carente do povo, para não dizer roubando, afinal o dinheiro é do povo que paga seus impostos. Não precisamos de esmolas, mas de meios e condições para sobreviver honestamente, buscando nossos próprios esforços de sobrevivência. Continuamos com a maioria dos votos no “cabresto moderno”. É o que está ficando aparente ao povo nos dias atuais, em todas esferas sociais. Nos tornamos súditos, onde a robalheira e a dissimulação tornaram-se a regra.

Rio de janeiro, 10 de Julho de 2014
janilsondasilva@gmail.com

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Criação

     Contemplei a noite da janela, o infinito descortinando ao longe as estrelas,  pequeninos pontos de luz. A lua estendendo seu brilho, luz  recebida da estrela mais próxima, o sol, trazia muita inspiração, e clareava a escuridão. Obra do criador.
    Mais uma vez, contemplei o universo, um complexo perfeito! Tudo se encaixa em cada elemento, em perfeita harmonia. E o espirito do criador se movia sobre as águas do mar, próximo à janela.
    Mas, e se algo sai do natural? Então, surgem as catástrofes: No obscuro do meu interior, tudo é abstrato, intocável! Faço perguntas a mim mesmo. Não há eco. Fico sem  respostas. Mais uma vez, incomodo o meu ser, com as mesmas perguntas, já que não encontro uma resposta que satisfaça, por completo esse complexo universo invisivel que tenho dentro de mim, do meu inconsciente.
     Na minha religiosidade eu consigo preencher o vazio, com Jesus cristo e suas promessas, mas esta luz que ilumina e transforma os caminhos equivocados que tomamos, “crendo pela fé no filho de Deus”, não responde o abstrato que povoa minha mente. No universo tudo se encaixa perfeitamente, mas aqui dentro do meu ser, não encontro elo nem respostas.
     Em vias de me tornar avô, pela primeira vez, fiquei curioso para saber  se o  meu primeiro neto seria macho ou fêmea, cinco meses de espera a ultra sonografia revelou que se tratava de um menino, poderia ser fêmea, a alegria seria a mesma, pois entendo que a espécie continuava, um ser cuja imagem e semelhança é a do Criador.
     Por pensar assim, sou taxado de homofóbico, palavra criada por um psicólogo americano no ano de 1971, George Weiberg.
     Há pouco tempo, via a televisão, quando uma cantora muito famosa, dava uma entrevista, afimava ela que havia descoberto que amava outra senhora e, a partir daquele momento, assumia a relação, e que seus filhos compreenderam e aceitaram tudo com normalidade.
     Todas as vezes que olho alguém na sarjeta, me questiono, sobre a imagem e semelhança de Deus. Isso também acontece quando leio jornais, que informam sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo por exemplo. Como? O que aconteceria se no universo, algo saisse de seu percusso ou eixo natural? No mínimo, morreria mais da metade dos seres vivos, ou deixaríamos de existir sobre a face da terra.
     Algum tempo, um programa de tv mostrava dois primatas, muito pequenos, encontrados na mata virgem, estavam em êxtase com a descoberta, pois tratava-se de um casal fêmea e macho que estavam em extinção, a anos. Justifica-se a alegria dos pesquisadores, imaginando que se fossem dois machos ou duas fêmeas a procura continuaria por muito tempo. Diante destes fatos, fica cada vez mais difícil aceitar como normal a  realidade em relação aos seres  humanos, que procuram a todo custo incutir na cabeça  a  normalidade deste comportamento: as relações entre pessoas do mesmo sexo.
    A lei criminaliza e já pune quem discriminar, espancar ou cometer assédio moral, portanto, não justifica criar mais leis para cumprir as leis existentes. Se meu comportamento não prejudica meu vizinho ou quem estiver em minha volta, pois tenho livre arbítrio para fazer minhas escolhas, quero o mesmo tratamento para os meus semelhantes. 

 Rio 10 de outubro  2012
janilsonroberto.blogspot.com                                                                                                 
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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Saudação Divina

A morte, algo sem previsão! Subjetiva, pode vir hoje, amanhã...
Ou de surpresa, dificil precisar o tempo desta partida, para os cristãos.
Uma passagem do sopro que deu vida ao corpo na sua formação.

Viver, apenas viva, “o conselho”, já que a morte do corpo é certa. Mas não o fim!
Evitemos o alcance do mal, separe o que é bom, suporte as  dores,
E das juntas os estalos, dando cores a seu viver e muita realização,
E tudo que fizermos trará paz ao coração.

Diante desta realidade, só resista em vida: o impulso que vem do pó, do sopro divinal.  Ele é o espírito, a razão, que nos fez tão diferentes dos seres na formação. Por isso, se com o coração me expresso, considero apenas o preço e o prêmio da redenção.

E quando o desenlace chegar, deverás considerar que esta separação tristeza não trará,
Se souberes da saudação, do Senhor da criação.Venham benditos de meu Pai! Tomai por herança o Reino que foi preparado para vocês, desde a criação do mundo, na sua iniciação...

Janilsonroberto.blogspot.com
janilsondasilva@gmail.com

  

Preciosa é aos olhos do Senhor,a morte dos seus santos.
(salmos116:15)

domingo, 23 de março de 2014

Verdadeiras atitudes cristãs

Durante uma viagem a São Pedro dos Ferros , observei durante longo trajeto um homen lendo as sagradas escrituras.

O caminho era feito por estradas cheias de imperfeições, sem acostamento e muito desertas. Apesar do caminho, que visão inspiradora vê-lo em seu esforço na leitura da palavra.

Tal observação se deu quando o ônibus de viagem apresentou um defeito e o motorista precisou parar na estrada para o conserto e todos os passageiros deixaram o ônibus, procurando abrigo nas sombras das árvores. Os viajantes estavam cansados e muito famintos, sem opções, por isso descuidei de minha observação e perdi o homem de vista, mas procurei e localizei-o adiante: ele tinha parado de ler a biblia e saiu da estrada, adentrando a mata à beira da pista.

Depois de caminhar alguns metros encontrou escondida uma goiabeira repleta de deliciosos frutos. Veio então em nossa direção. Havia despido a camisa para transportar as goiabas que colhera, como se fosse bolsa. Ao vê-lo, nosso grupo exclamou: -vejam como Deus é bom, alguém encontrou um pé de goiabas repleto! Todos aguardavam a atitude daquele homen sobre o maná que caíra dos céus, pois tratava-se sem dúvida de um homem de Deus, dedicado à leitura da Bíblia, ele então anunciou: -bem, como tive o trabalho de colher as frutas, vou cobrar apenas um real a unidade.

“Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva é certa; e ele virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra”( Oséias 6:3). O alerta nesse texto é para que queiramos conhecer a Deus, pois ele é infinito e nos conhece do fio do cabelo à planta do pés. Nosso tempo de vida aqui é muito curto para conhecê-lo totalmente (1 Corintios. 13:9), por isso, o conhecemos em parte. Fica claro nas palavras do profeta Oséias que se nós comecarmos a tomar conhecimento do nosso criador, os seus resultados serão como cada amanhecer.

A ausência de chuva deixa a terra sem vida, sem cores, predominando o solo rachado, cinza, e o barro amarelado. Quem mora no interior do nordeste brasileiro entende a situção das cidades onde passam rios temporários que uma parte do ano ficam com o leito seco. Os moradores destas cidades correm às igrejas unidos com um só objetivo: pedir a Deus chuva, com muita fé:”pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isso não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie”( Efésios 2:8,9). Compartilhando o que sobrou da longa estiagem buscavam a Deus inspirados e confiantes no seu amor, sabendo que a misericordia de Deus é perene, dura para sempre: “Perto está o SENHOR de todos os que o invocam em verdade”(Salmo 145:18 ).

Um momento de grande alegria é quando alguém da comunidade anuncia: -Está chovendo nas cabeceiras do rio! Homens, mulheres, crianças, correm em direção às margens do rio, postando-se dos dois lados, a assistir as nuvens cheias do maná que vem do céu. E antes que estejam completamente molhados, deslumbram um imenso rolo de agua amarelada vindo com força arrastando o que tiver pela frente: “Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom; porque sua misericordia dura para sempre” ( I Crônicas 16.13). Basta olhar as expressões em cada rosto, e veremos que a esperança é renovada, a chegada de dias melhores para a colheita e de comida para suas famílias e os animais. Vericamos a grande fé deste povo e o conhecimento de Jesus, amor no compartilhar quando falta alimento. Tudo se transformará nos próximos dias, tudo volta a ficar colorido e cheio de vida.

Este povo cristão é muito pobre e quase sem instrução, a maioria analfabetos, mas são capases de atravessar as barreiras da vida clamando pela ajuda de Deus. Isso só é possivel com o conhecimento de Deus e seu filho Jesus, o nosso salvador, através da fé. Se Deus nos conhece desde do ventre, vamos procurar conhecê-lo a cada dia, pois como diz profeta “tal conhecimento é como a alva da manhã e como a chuva fora de época”. Talvez os ouvidos espirituais de nosso grupo de viagem e daquele homem, em nossa pequena historia, não estivessem tão aguçados. Reconheceram erradamente o andadrilho como enviado de Deus, já que aparentemente ele se dedicava à leitura das sagradas escrituras. Deveriam primeiramente clamar ao SENHOR e ter fé, deveriam buscar mais que aparência, ao menos alguma atitude paternal a fim de reconhecer o servo de Deus: “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Salmo103:13). Mas por outro lado aquele homem não praticou o amar nem o compartilhar, apesar de ser um leitor da palavra de Deus: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim (Mateus 15:8). Devemos estar com os ouvidos espirituais abertos para o que nos revela a Bíblia e buscar arduamente ao senhor. Clamar a DEUS, depositar nossa fé nele e render graças.

Rio 26 / 03 /2012