terça-feira, 7 de outubro de 2014

Insatisfação com nossos representantes

Nós, o povo, viajamos no campo das idéias, meditando ponderadamente sobre o que é melhor para a convivência e o bem estar da sociedade, com sabedoria. Debatemos promessas não realizadas dos eleitos, visando sempre a convergência de opiniões dos insatisfeitos. Mas esse tom moderado não foi suficiente para abrir os ouvidos dos acastelados por nós, eleitores, no parlamento brasileiro.

Por isso, podemos afirmar: O quebra-quebra tornou-se instância dos que falam, mas não são ouvidos. Eles não falam demais, os representantes é que ouvem de menos, ou escutam só o que lhes interessa, é claro.

Convém destilar as insatisfações, isto é, sair do estado de carência e injustiça para o estado de verdadeiras realizações, sem trazer dano a tudo de útil que já foi realizado. Para exemplificar este momento baseio-me em fatos recentes, ocorridos durante as legítimas manifestações transmitidas pela TV em todo país. Podemos afirmar, pelo que foi observado, que no início, noventa por cento dos envolvidos levantaram suas bandeiras pacificamente. Notou-se também que tratavam-se de pessoas ordeiras, desejosas de ações sem dissimulações por seus representantes, eleitos com seus votos. Mas em qualquer movimento destinado a fazer as promessas se tornarem realidade, corrigir desvios éticos como a corrupção ou a correção de comportamento prejudiciais como o desvio da arrecadação dos impostos destinados as prioridades essenciais do povo, o que se quer é o mínimo de bom senso. O descontentamento popular quanto ao descumprimento às leis brasileiras, que mal processam políticos condenados (e o que dizer sobre condenações...), é fruto de opções administrativas, políticas e judiciais que mantém tais políticos blindados em seus castelos, com aparência de homens de bem, além de permitir que assumam a posição de relatores em comissões de justiça, em nosso parlamento, mesmo sendo julgados e condenados na mais alta Corte Brasileira. Isso é um desprepósito um desrespeito ao povo que confiou-lhe seu voto.

Devemos começar esta metamoforse pela maneira de demonstrar nossa insatisfação, deixando fluir a razão, porque é com esta luminosidade que nortearemos as nossas esperanças em termos revidicações justas atendidas pelos nossos governantes.

Uma manifestante que carregava uma faixa, entrevistada pelo reporter da emissora, afirmou que sem partido não há democracia, concordo nesse aspecto. Na faixa deveria estar escrito “esses partidos não”! Claro que se tratava de alguem ligado aos partidos, eles trabalham visando levar vantagem do cargo legitimado pelo povo, para se locupletarem às custas da função confiada a eles nas eleições, por milhões de brasileiros. Governo que cria comissões investigativas relembrando o que se passou a quarenta anos, gastando soma relevante da receita oriunda dos impostos, com a desculpa de escrever a história, esquecem que a história tem dois lados: vencidos e vencedores. Mesmo porque ambos cometeram atrocidades. Viver preso ao passado é passar aos nossos filhos o ódio de seus pais, como ocorre na Palestina.

É preciso fazer uma retrospectiva dos últimos anos, iremos verificar com clareza as realizações, as heranças de cada governo e os beneficios deixados por cada um deles. Devemos começar pelos benefícios financeiros dos ultimos anos como o plano Real, nesta época as taxas cobradas ao cidadão pelas instituições financeiras, como cartão de crédito e cheque especial, giravam em torno de 8% ao mês. Quanto aos atrasos em prestações, cobrava-se 0,2 % a cada dia. Hoje só para termos uma ideia do disparate, cobra-se 17% ao mês na rolagem da dívida, enriquecendo cada vez mais os banqueiros. Em contrapartida empobrecendo a classe média brasileira. Concluimos que os antigos agiotas foram oficializados pelo atual governo, concorrendo para uma inadimplência nunca vista.

Não convém esquecer os avanços sociais que mesmo subsidiados com dinheiro publico, tiraram as classes mais desfavorecidas da miséria, não pode ser algo permanente, e sim transitório: que proporcione aos beneficiários condições para sair da situação de penúria e habilitá-los a construir um caminho de independência financeira.

Nos governos militares outro avanço significativo observado foi na geração de energia. As usinas Itaipu, Jupiá e Tucurui são hidroelétricas concluídas produzindo juntas 106.657.128 megawatts hora de energia limpa (os governos dos ultimos anos receberam em pleno funcionamento estas tres hidroelétricas)e as uzinas nuclear Angra 01 e 02 e o proálcool, energia retirada da cana de açucar. a ponte rio Niterói. Após 64, os governos que se seguiram também obtiveram sucesso considerável.

Outra área que teve avanço significativo foi a comunicação, graças a esse desempenho hoje podemos nos comunicar com o resto do mundo em questão de minutos em alguns estados da federação.

Infelizmente não houve o mesmo avanço nas aréas da saúde, educação e locomoção, como o caso das estradas nas grandes metrópoles: o fluxo de automóveis não consegue funcionar para atender a grande quantidade de veículos em circulação. Fabricamos muitos carros mas não temos estradas para eles trafegarem. As malhas ferroviárias foram abandonadas. Abro um parentese para elogiar o Exército Brasileiro pelo ótimo trabalho na realização do trecho de estrada de 150 Km ligando os estados da Paraíba ao Rio G. Do Norte como também o seu trabalho na transposição de parte do rio S Francisco. Essa parte das obras, sob responsabilidade do exército, foram concluídas no tempo previsto e com uma economia de 50%, segundo os orgãos de comunicacão como o Globo Rural, só para ter uma idéia , a poucos dias a TV Globo informava que só o trecho no estado do Ceará que estava orçada em quatro bilhões de reais teve um acréscimo, passando para oito bilhões de reais.

E para decepção dos brasileiros as empreteiras contratadas pelos órgãos do atual governo pararam a obra tão sonhada pelos nordestinos, que tanto sofrem com a seca.

As justificativas dadas pelo governo são pouco convincentes, assim como as das empresas contratadas (é dito que a inflação corroeu os lucros), sendo assim as empresas arcariam com um prejuízo que precisa ser estudado e corrigido, segundo o ministro da pasta responsável pelo projeto.

Não somos um povo “acéfalo”, Excelentíssima Senhora Presidente: também temos nossa massa cinzenta que visualiza, ainda que soframos com as injustiças, fome, e todos males que venham nos afligir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário