segunda-feira, 11 de julho de 2016

Natural Fascínio



Contemplo teus cabelos anelados e longos, aloirados
Sinto o suave perfume que desce nos anelos, fios louros
Sobre os ombros, até teu busto: ornamentado, com
Um fino cordão, que sustenta um medalhão de ouro
Realçando o teu busto, contrastando com os fios, anelos dourados
Fascinante e natural beleza, que desperta, deslumbra o observador.

Dando aos olhares passageiros uma normalidade, pura, como
Uma altíssima visão: Como se olha uma obra prima,
Exposta nas vitrines, famosas galerias, protegida  por tênue
Linha  imaginária vitral, de quem contempla o belo, sem tocá-lo
Contentando-se encantado, com a naturalidade da visão.

Que a imagem lhe presenteia, neste sublime momento
Olhar só a beleza, encanto, admiração, êxtase e completa
Absorção, alegrando e trazendo para a simples e sutil simplicidade do olhar
Aprecio a bela imagem, nesse espaço mínimo de tempo, que o momento
Oferecia, uma dádiva da natureza, presente, imortalizado na bela imagem.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Brasileiros



Não importa a mistura das raças, somos nascidos na terra
Por isso gostamos de ver nossos filhos nascerem e crescerem
Nos emocionamos ao ver  choro recém-nascido, ao contato da luz
Não aceitamos a violação do útero materno sua morte provocar.
Somos pela natureza, e por ela temos paixão, pacficos de opinião

Nascemos com os punhos cerrados
Mas logo abrimos as pequeninas mãos
Adaptados a luz, abrimos um largo sorriso
Ao ver o primeiro rosto, a sorridente mãe.
Somos receptivos e alegres, pois somos livres!

Aqui não há impedimento para o pensar, nem para o criar
Respeitamos a individualidade honesta, no livre caminhar da vida
Falo sem medo o que penso, respeito o direito
Dos que venham, do que penso, discordar.
A individualidade dos outros, é raro opinar, procuro respeitar

Para que ninguém venha a minha liberdade privar ou macular
Estamos sempre de mãos abertas, para não sermos confundidos
Com os que, com os punhos cerrados, gostam de massificar
Impor, aprisionar, para depois levar ao paredão
Condenar e fuzilar, por discordar.


sábado, 4 de junho de 2016

A Barata Albina



Há pouco tempo, acompanhei minha esposa até um hospital público, onde ela fez uma mamografia. Para chegar até a sala onde o exame foi feito, atravessamos dois corredores repletos de enfermos em macas improvisadas, dando-me pouco espaço para  passar e chegar à sala onde foi feito o exame.
      Confesso que fiquei transtornado diante daquela sórdida contemplação, um grande abalo emocional. Feito o exame, retornei para casa. Confesso que a situação do hospital, é por si só um desprezo e desrespeito à nossa humanidade por parte dos responsáveis dos órgãos públicos.
     Ao chegar em casa liguei a TV e lá estavam todos eles, os administradores do caos: o Prefeito e os representantes dos  governos Estadual e Federal, inaugurando mais uma obra para receber as olimpíadas. Desta vez era o famoso museu chamado de "do amanhã”. Como entendo que o amanhã não nos pertence,  sendo apenas um  sonho, cabe ao próprio sonhador trabalhar para sua realização. Sem sombra de dúvida aquele lugar construído pelo povo, além de não se encaixar em um museu,  não parece ser portanto uma prioridade para o sofrido povo carioca e brasileiro.
     Não tive nenhum interesse em visitá-lo, mas alguns meses depois, peguei a barca eu e minha esposa, e fomos à cidade. Já de dentro da barca avistamos o já famoso prédio, o museu todo branco, e minha esposa exclamou: - parece uma barata albina! Olhei para o museu e lembrei-me de uma foto postada no Facebook, onde o prédio foi fotografado por alguém.

 “ A barata albina estava repousando no seu habitat natural, rodeada de lixo por todos os lados”

      Ora, é  certo que devemos deixar o progresso passar e abrir caminho para que ele aconteça, mas educação de qualidade, emprego, hospitais, moradia e  respeito ao povo são, sem sombra de dúvidas, pilares que garantem o amanhã de qualquer nação.
       Esse quadro, além de incomum, afronta a dignidade do povo carioca, e infelizmente nos foi protagonizado  por nossos governantes. Vamos  abrir de vez os nossos olhos para os engodos, práticas de nossos governantes, que fatiam entre eles nossas riquezas através da corrupção, com visível  desprezo pelas reais necessidades do povo que governam. Desviam o foco da verdadeira realidade em que vive cada brasileiro, com obras que tiram nossa atenção.
       Agindo assim  não teremos amanhã. Sem hospital  morreremos todos, e o propalado museu ficará aí para ninguém. Fica a reflexão para outubro de 2018,  votarmos segundo uma  visão futurista real sem dissimulações. Isso só se consegue se nos unirmos. Sejamos portanto uma unidade para o bem do nosso amado país e seu povo tão crédulo nos políticos.
        Porque o amanhã, como a morte, está no campo dos acontecimentos subjetivos. Vai acontecer, mas é impossível saber a maneira que chegará até nós. Na maioria das vezes o amanhã chega às custas de muito sangue derramado” (Palavras do ultimo general presidente - João Batista de Figueiredo).

domingo, 8 de maio de 2016

Nosso Círculo

Segundo as Sagradas Escrituras, é bem-aventurado o varão que não anda segundo os conselhos dos ímpios, nem se detém nas mesas dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores (Salmos 1:1).
Para entender melhor o que diz a palavra, entendamos que nosso circulo apontado é formado por aqueles que tem prazer nas leis do senhor, e nelas medita de dia e de noite. As sagradas escrituras em momento algum dizem que somos proibidos de festejar com os amigos ou mesmo jogar conversa fora, conversar amenidades, falar de futebol, se for o caso, mesmo que as pessoas no ambiente não sejam do nosso circulo ou crença. No entanto, convém observar todo o texto: Jesus estava sentado à mesa, os pecadores se aproximaram do mestre e sentaram em sua mesa, Jesus os recebeu. Reflito: subiria Deus, portanto, em um trio elétrico por ocasião dos festejos carnavalescos tendo como justificativa o evangelismo?   
Nossa escola é diferente das escolas de samba... Chama-se escola dominical, ela nos ensina no conhecimento deste Deus eterno e criador de tudo e de todos, fonte de todo conhecimento deste imenso universo, e deste lugar em que habitamos.
Segundo os livros de história, na época do Brasil colônia, o governador do Rio de Janeiro, Salvador Corréia de Sá, para alegrar o Rei D. João IV de Portugal, trouxe o carnaval de presente. Com o passar do tempo o carnaval tomou proporções nacionais, e hoje é festejado em todo território Brasileiro e por todos os segmentos religiosos inclusive os evangélicos - ainda minoria -, só trios elétricos ou blocos "gospel", faltando apenas a expiação na quarta, pelos pecados praticados, e a espera ansiosa pela nota dez que determina o ganhador da grande festa.
Ora... Se  acharmos que luxúria, lascívia e apologia  à promiscuidade e nudez não tem nada demais, estaremos contradizendo o que pregamos, o Jesus o Cristo que anunciamos como transformação do viver em espírito. Devemos lembrar sempre "Nosso Deus não se deixa zombar”.
Há algum tempo um carnavalesco de uma escola de samba famosa, dava uma entrevista na qual afirmava que o carnaval é uma festa da irracionalidade, da riqueza e luxúria. O bom senso parece não combinar com um bloco ou trio elétrico de evangélicos, vestindo adereços e cantando letras adaptadas ao samba, dançando nas regiões fronteiriças à sua igreja. O evangelho não deve ser usado para engodo da carne, é como "puro ouro”, não precisamos de ornamentos, a missão é um ardente desejo, é anunciar seu nome todos os dias do ano, como uma bandeira hasteada, que indica que somos nascidos não para buscar o prazer, mas para viver uma eternidade adquirida com sangue e sofrimento. Não há grandeza maior do que esta.
O apóstolo Paulo nos alerta sobre este aspecto: - Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, e não andam segundo a carne, mas segundo o espírito (Rom 8:1). Ora, penso que inúteis serão meus argumentos religiosos para aqueles que se sacrificaram o ano inteiro para o engodo da carne, nesses dias de folia. Mas aos cristãos convém decidir entre Deus ou Mamon. A eles cabe a lembrança do que diz a palavra de Deus em Mateus 6:24: "Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou será leal a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mâmon".
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Mateus 6:24
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Mateus 6:24
Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Mateus 6:24

sábado, 9 de abril de 2016

Dor Sertaneja

Com o olhar fixo no céu, os homens da caatinga, esperam em Deus;
Com fé inabalavel, esperam uma solução:- Para falta de chuva no sertão,
O olhar triste, evitam contemplar o chão, tamanha é a devastação que
A falta de chuva provoca no árido solo do agreste ao sertão; treazendo
Sofrimento e dor , as sercanias do agreste e sertão, com falta de pão e ração.

Um olhar triste, mas esperançoso, nas providências do Deus da criação:
Fazem rezas e até procissões, confiando que Deus um dia destes, ouvirá as orações.
E assim passam o dia dividindo o que sobrou da colheita , dos dias de chuva e fartura
Que o torrão molhado, semente verde, lhes proporcione alimento , vida e o colorido das flores silvestres.
Uma sinfonia quando em sintonia com a cantoria da passarada.

Ao ouvir a trovoada e ver os raios cortando o céu, correm em direção ao rio,
Para ver a resposta a suas petições, para sentir as primeiras gotas da chuva,
Tocarem seus rostos. Demostração de fé e gratidão, a resposta do clamor nas orações,
A dor de ver a terra seca e sem cores é substituida pela esperança de fartura
Nas próximas colheitas: - Os rostos voltam-se aos céus, agradecidos que estão.

Pelas bençãos alcançadas, com a chegada da chuva
Suprindo a fertilização das terras nas suas plantações,
Pelo sorriso, que volta ao rosto de toda a filharada.
A alegria de ver o gado no verde pasto, se alimentar com o resto dos animais
São sofridas Marias e seu Josés, sertanejos, revezando escassez e fartura,
Fé, esperança, alegria , tristeza e dor: - Na vida sertaneja, do Nordeste brasileiro.



Rio 22 de março de 2016

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sábado, 26 de março de 2016

As últimas visões

O avião fazia as últimas manobras para o pouso, as instruções foram dadas. Apertei o cinto, atendendo às recomendações derradeiras.

Natal, Capital do Rio Grande do Norte, era a visita anual que eu fazia a minha mãe. Ela, por sua vez, viera de uma cidade próxima, por nome Areia Branca, até o aeroporto. Logo na porta, me deparei assustado com aquela figura altiva e alegre e seu expressivo olhar, algo imprevisivel, pois minha velha mãe havia feito uma viagem de duas horas e meia com noventa e quatro anos para receber-me, e voltariamos naquele mesmo dia para Areia Branca.

Dei aquele saudoso abraço nela e também em minha irmã e seu marido, que pastoreava na ocasião uma igreja Batista naquela localidade, e de imediato pegamos a estrada em direção à Areia Branca, um trajeto longo e cansativo.

Mas a paisagem foi aos poucos nos fazendo esquecer a fadiga da longa viagem, e Dona Lairde era só alegria. Fui observando os cavalinhos puxando o petróleo do subsolo, naquele movimento de sobe e desce, já era noite quando resolvemos parar num lugarejo para jantar e esticar as pernas. Perguntamos se ela queria ficar no carro, e ela de imediato pegou sua bengala sinalizando que não, notei nela uma disposição de curtir aqueles momentos.

Já alimentados, seguimos viagem, e como era noite e estava próxima a cidade, meu cunhado falou um pouco do seu ministério naquele distante lugar, produtor de sal e petróleo. Passamos ao largo de Mossoró, cidade mais próxima de Areia Branca.

Chegamos na cidade e já era noite, e depois de belo e revigorante banho, jantamos e conversamos até a chegada do sono.

Logo pela manhã, depois de visitar as dependências do templo, meu cunhado começou a mostrar-me as pecularidades da cidade. Começou me levando à área de serviço, abrindo a torneira e pedindo que colocasse a mão na água. Fui pego de surpresa, a água saía com uma temperatura elevada, que poderia até mesmo cozinhar um ovo. Ele explicou-me que o abastecimento hídrico da cidade era feito através da captação dos lençóis freáticos no sub-solo, e antes de usá-la era preciso resfriá-la na caixa d´água.

O casal convidou-me para conhecer as dunas e o farol no alto, uns cem metros próximo ao mar. No trajeto passamos pelo cemitério da cidade, e observei que havia algumas covas fora dos muros. Perguntei porque eles foram enterrados do lado de fora, e meu cunhado respondeu que eles eram inimigos politicos do atual prefeito. Mesmo contrariado, continuamos a caminhada. Já no farol, fomos recebidos pelo faroleiro, um Sargento da Marinha muito solícito. Bem no alto, contemplei as falésias e as enormes dunas, e logo adiante as salinas, com suas não menos exuberantes montanhas brancas. À noitinha fomos dar um passeio na praça com minha mamãe e sua inseparável bengala

Lúcida e muito ativa nas suas demoradas orações antes de dormir, mamãe fazia questão de nominar um a um seus filhos e netos. No quarto ao lado eu acompanhava as longas e detalhadas orações até chegar nos nomes dos meus três filhos e dois netos. Ela parecia alguém recitando uma poesia para o Criador e seu filho Jesus.

Eu só não imaginava que tratava-se de uma despedida, uma maneira outra de dizer adeus, que minha querida mãe usou para confortar seu terceiro filho.

Na volta para o Rio de janeiro, nos despedimos ali mesmo, e ela, muito segura, não demostrou nehuma reação de tristeza. Abraçou e me desejou uma boa viagem, sussurrando no meu ouvido: Deus abençoe sua linda familia.

Pouco mais de um mês depois dessa visita, ao atender o telefone, minha irmã informava que o sopro do criador havia deixado D. Lairde de sousa e silva, professora do estado do Rio G do Norte: minha saudosa MÃE.

Rio 26/3 / 2016


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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Tocado por cristo?

Chamado pelo centurião, Simão o cireneu, quando observava o sofrimento do combalido homem que carregava uma pesada cruz a caminho do calvário, lugar onde o condenado seria crucificado. Os soldados obrigaram-lhe a carregar a pesada cruz em lugar do homem.

Simão o cireneu fora escolhido para carregar a cruz, tal era o sofrimento do homem e a fraqueza fisica, diante da pesada cruz. Cumprindo a ordem ele tomou a cruz e a levou até o gólgota onde foi sacrificado junto a outros dois condenados.

Cumprindo a missão imposta pelo centurião, Simão o cireneu voltou a ser o espectador de antes, interessado tão somente no sofrimento dos Condenados à morte por aqueles que lavaram as mãos. O povo que pediu: "soltem Barrabás", decretando assim o veredito final.

Os gestos de Simão não demostraram interesse em saber quem era aquele homem. Simão cumpriu apenas as ordens do oficial. Nem tampouco demonstrou compaixão: assim que cumpriu a missão que lhe foi imposta retirou-se. Mesmo estando tão perto do Messias, não teve interesse em saber que se tratava do enviado "filho de Deus".

No século XXI, nos deparamos com gestos semelhantes ao de Simão cireneu. Nos interessamos por tudo que ocorre nos templos, gostamos de criar nossos filhos na igreja, mas não somos tocados por Jesus. Tudo virou um verdadeiro show, as formalidades tomaram conta da contrição. Fala-se de muita coisa, menos de nosso salvador, Jesus. Somos fãs ou bajuladores de personalidades, conjuntos gospel, membros abonados, cantores, pastores, oradores de fachada, menos daquele que foi imolado naquela cruz no calvário. Assim como Simão, fomos tocados pelos centuriões modernos, representados pelos lideres que impõem sua vontade e tomam atitudes contrárias aos preceitos bíblicos. Que subtraem versículos para adaptar seus conceitos, para não serem contrariados, quando querem tomar decisões equivocadas.

À semelhança dos partidos políticos, usam de despotismo, nepotismo, corporativismo e de tráfico de influencia. Escolhem para sua corte amigos ou mesmo parentes para não serem incomodados quando uma decisão equivocada acarreta problemas um pouco mais complexos, ou medo de perderem a liderança. Eles esquecem que foi um Deus que é amor e justiça, e não humanos, que os ungiram para o sacerdócio. Não faço referência a nenhuma denominação em particular, pois trata-se de uma prática no meio evangélico, não sendo portanto uma regra.

Não precisamos mais carregar a cruz, Jesus já fez isso por nós, mas precisamos ser fiéis aos preceitos deixados por Jesus. Ele é o único soberano e para ele devem convergir todas nossas ações e atenções e não para o líder, porque segundo as Sagradas Escrituras, aquele que retirar uma vírgula deste livro será punido. A não aplicação dos preceitos de Cristo, é similar ao ato de retirar as paginas do livro sagrado, rasgar-lhe as paginas.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Encontro



Neste dia, era escura a noite, uma fria brisa soprava
Um vento que nos falava, com seu fino assovio
Como o som suave de um violino, aos nossos ouvidos
Jaciara lá no alto, dava o tom prateado à bela noite
Nada era capaz de impedir-me de voltar a contemplar
Tua deslumbrante formosura, teu meigo e brilhante olhar.

O palpitar que tua presença promovia era um prêmio,
Para mim não importava se noite ou dia, se frio ou calor
Havia um único e imponderável desejo: contemplar tua presença
Isso me completa, só tua visão me basta, teu perfume me satisfaz
Te abraço, nesse cenário, e esperamos o amanhecer juntinhos
E assim abraçadinhos, começamos a ver os primeiros raios do sol.

Iluminar, espantar a escuridão, a noite, já silenciosa, mostrando-me
A multi-tonalidade de teus olhos arredondados, quase negro!
Deslumbro-me com as cores! Esplendor boreal da aurora sul 
A bela e não menos encantadora: - Jaciara meu encanto, minha aurora
Neste encontro noturno, matinal: - Sobre a areia branca, a beira mar.


        Rio 12 de janeiro de 2016-01-12
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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Império da democracia?


     Há algum tempo, pouco tempo. Cerca de vinte e seis anos, havia um lugar onde reinava a ordem, o progresso, tendo como coluna de sustentabilidade o trabalho com obras de norte a sul gerando muitos empregos e programas que beneficiaram o trabalhador até os dias de hoje, educação e saúde, com  respeito aos poderes constitucionais e ao povo, seu governante um presidente eleito por este parlamento, representando este mesmo povo.
     Este lugar é até hoje rico em toda expressão da palavra, água em abundância, minerais encontrados no seu subsolo numa escala razoável, e uma floresta considerada a maior do globo terrestre. Se comparado com seus vizinhos um verdadeiro continente, enquanto os vizinhos, são todos muito pobres com raras exceções.
     Mas o povo, movido pela propaganda massiva da mídia e alguns intelectuais de ocasião se juntaram a alguns vizinhos, com outro sistema de governo, fomentando a separação do povo,  raças, em classes miseráveis, pobres e ricos, e como resultado, mudaram o sistema.
      Hoje esse mesmo povo reconhece o grande equivoco que cometeu, a esperança se transformou num grande pesadelo, corrupção em alta escala, olhamos o horizonte com desconfiança, o descrédito nos três poderes, que segundo a carta Magna deste lugar deveriam ser independentes, a insegurança  tomou conta  da mente e corações dos habitantes deste lugar.
      Mas está ficando um grande legado de conhecimento, apesar de tanto sofrimento a que o povo ficou sujeito: comparo a democracia a um barco construído com revestimento de cortiça, que mesmo despedaçado, nunca irá ao fundo, o resto de sua destruição sempre será visto pelo povo que almeja trabalho educação, justiça e paz. Viver na democracia é viver em pleno estado de direito, que é o desejo de  qualquer ser humano.
       Se nos sujeitarmos ao cajado daqueles que elegemos como fazem os pastores de ovelhas estaremos longe de ser realmente uma democracia. Imposições e desrespeito às leis e proteção aos corruptos são atitudes usadas pelos tiranos, num passado mais distante.      
           
           Rio 6 de janeiro de 2016
           Janilsonroberto.blogspot.com