segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sólido Querer



Quando meu olhar encontrou o teu
Foi um encontro duro e frio, desconfiado,
Mas o encanto, a atração, foi mais forte
De imediato, Borrifou, a dureza do momento
Rápida Sublimação...
Transformando-a em rápida sublimação.

O encontro, de repente, atraiu nossos corações
Aos poucos me enchi de coragem seguindo  
O que a visão revelava, no teu doce olhar
Vencida a timidez de ti me aproximei
No primeiro passo, em tua direção, belas curvas notei

A beleza de tua silhueta, era encantadora, deslumbrante!
Tua fascinante imagem, fazia-me acreditar numa utopia
Pela sutileza do teu caminhar e teu sinuoso requebro
E com o olhar fixo nos meus, demos as mãos

Ao tocar-te, senti a maciez da pele, de fina pelica
Sublimamos as duras palavras, os olhares
Falaram.
Mesmo sem som algum, teu olhar cintilante falava
Num silêncio de vozes, teus olhos me dizia
Frases ao coração, algo imantado, nos atraía

Dando início a um sentimento duradouro.
Fortalecido pela afeição e carinhos, entrelaçados
Até o silenciar das batidas de nossos corações, e o apagar
Dos cintilantes  olhares, que tanto nos falaram.
Assim como de mãos dadas começamos.
Sei... da impossibilidade, de mãos dadas chegarmos ao fim

     Janilsonroberto.blogspot.com


quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Delírios Aquecidos

A aspersão da pura fonte
Começa ao raiar do dia
Ao despontar do sol aquecedor
Como meu vento,indo ao encontro
Do teu sopro, suave e caliente


E nos teus enlaces e abraços
Me refugio, nos teus carinhos
E nesse ninho, sinto calor nas carícias
Sinto teu sopro, quando nos sussurros
Falas baixinho, palavras de carinho


Espreguiçando, olho teu rosto vejo uma gardênia
beijo-lhe a face enrubescida escarlate da flor,
Que linda contemplação! Como um colibri com sede,
Voa ao encontro da flor, chegando devagar
Aspergindo seu fluído, transparente, vento de tuas asas


Bebo da agua adocicada, nas suaves pétalas tocadas
Neste perfumado encontro, me refugio, no teu macio colo
Sinto-me seguro, e nesse enlevo aos olhos invisíveis
Vejo ,no presente, o futuro:-nosso porvir
Nesse encontro aquecido,transparente.


Janilsonroberto.blogspot.com

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Uma aventura do vovô e seus dois netos



     A manhã estava ensolarada, própria para uma boa pescaria, mas era uma sexta feira. O vovô, homem valente, militar aposentado da Marinha, adorava uma pescaria, mas não uma pescaria qualquer, tinha que ser com traje de mergulho e aquela faca afiada amarrada na perna direita.
Resolveu convidar os dois netos para pescar na ilha de Paquetá, no sábado. Combinaram alugar um pedalinho quando chegassem na ilha, os meninos seriam responsáveis  pela força motriz do “veículo”. O maior, 13 anos, comandaria o funcionamento e a direção sob as ordens do capitão, o avô. O menor, 11 anos, a visibilidade e a direção do vento. Depois de meia hora de aula, a tripulação estava preparada.
    No sábado pela manhã, com tudo combinado, chegavam na ilha de Paquetá dispostos a encher o samburá de peixe. Feitos os preparativos, os meninos  começaram a pedalar para escolher um lugar apropriado próximo à orla enquanto o vovô se aprontava. Depois de todo equipado, o vovô determinou a parada a cem metros da orla. O pedalinho tinha a forma de pato d’água, ou forma de ganso, não sei bem, e os netos se divertiam.
     Já fora da praia, a duzentos metros, de repente algo bateu no pedalinho com muita força quase desestabilizando a embarcação. O vovô olhou em volta do pedalinho e avistou uma enorme mancha negra, era um  tubarão!! O velho fuzileiro estufou o peito, olhou para os netos e bradou: fiquem calmos e continuem a pedalar em direção à praia. Dada a ordem, colocou o arpão em posição, colocando o pé na borda da pequena embarcação, esperando o retorno do perigoso animal, quando o vulto aproximou-se. Antes do choque, o velho marinheiro disparou sua arma acertando a cabeça do enorme peixe atravessando-lhe o crânio, um tiro que pretendia ser mortal. Mas não, mesmo ferido mortalmente, o animal afastou-se um pouco, e antes que acabasse o cabo do arpão o vovô deu a segunda ordem: - amarrem o cabo do arpão no pescoço ou cauda do pedalinho, para prender o bicho na embarcação!  Pedalem em direção à praia!.
      Na praia, os banhistas vendo a situação de perigo da tripulação do pedalinho, chamaram os salva-vidas. O pessoal do socorro que tripulava  as motos  de jet-ski, enquanto o bravo vovô colocava o pé na borda do pedalinho e tirava sua afiada faca da bainha na perna direita, esperando o animal chegar: já sem forças, o tubarão deu uma cabeçada no pedalinho, e o velho marinheiro escorregou, caindo em cima do tubarão.
      Depois de algumas furadas no bicho não conseguiu retirar mais a faca que ficou presa a si, mas o velho não largou a faca, a mão esquerda apoiva-se segurando o arpão que atreavessara a cabeça do grande peixe, pois estava montado, meio curvado, sobre o grande animal e já cansado, prestes a desmaiar, enquanto os meninos pedalavam também já muito cansados, quando chegou o socorro, o pessoal do jet-ski.
      Chegaram à praia rebocando o pedalinho preso no peixe e o vovô deitado segurando a faca e o arpão. Já na areia, lotada de curiosos, o vovõ meio tonto e cansado, os netos preocupados, mas os médicos dizendo que o velho só estava cansado pelo esforço, tudo ficou bem, menos para o tubarão (é claro) que já esta pendurado pelo rabo numa amendoeira à beira mar, com os meninos lado a lado sendo fotografados pelos banhistas e alguns repórteres, recebendo parabéns pela proeza de ter salvo o vovô das garras do temido tubarão.
       Com a chegada dos veterinários que, depois de examinar a arcada dentária do animal, constatou-se que se tratava de um animal bastante velho, pois não tinha quase dentes, e estava quase cego. No dia seguinte aparecia nas primeiras paginas dos jornais as fotos do tubarão pendurado na amendoeira, ladeado pelos dois garotos heróis, que salvaram o avô das garras do feroz tubarão desdentado. E ao lado uma foto menor com o avô deitado em cima do velho tubarão segurando a pequena faca espetada no dorso do peixe apoiando-se com a mão esquerda no arpão que atravessara a cabeça do grande  animal marinho.
   
Esse conto é uma ficção
Rio de janeiro 23/8/2015


domingo, 6 de setembro de 2015

Reação à atitude de líderes corruptos



       Vivemos num país de muitas contradições, basta ver como nossas raízes são de enxertos raciais dos europeus, que chegaram até nós através de migrações, e por degredados da época do Brasil colônia que misturaram-se conosco. Há de se esperar uma mistura muito heterogênea. Na realidade temos representantes do mundo inteiro. Como resultado, predomina a diversidade e contradições da abrangente mistura, e influência das vertentes, no caráter de cada pessoa e suas atitudes. Exemplificamos esta metamorfose. Na hora que ocupamos cargos públicos, esquecemos que a função pública nada mais é do que trabalhar pensando numa unidade, melhorias  e bem estar para  todos os Brasileiros.
       Políticos deveriam estar promovendo educação de qualidade e melhoria na condição de vida, voltada para o bem comum à toda sociedade, tendo a educação e o trabalho como instrumento  para alcançar os objetivos acima citados, as contradições (no meu ponto de vista), se dão pela mistura na formação do caráter do povo, multicutural. Não há  preocupação na formação do caráter dos nossos filhos, não chega a ser uma regra, mas ela esta ai a promover um mal que atinge a todo o povo.

       O Brasil nem bem acabou de prender os culpados pelo escândalo do mensalão.- Eis que surge o petrolão e logo em seguida o eletrolão na usina para gerar, energia nuclear e o BNDS... Este escândalo é mais abrangente por envolver não só a classe política,mas surpreende por envolver as maiores empresas Brasileiras, alguns governadores e prefeitos de alguns municípios. O hoje ex-presidente Sr. Luiz Inácio Lula da Silva no conforto do seu triplex de luxo, quando assumiu a presidência pela primeira vez, declarou um patrimônio de pouco mais de quinhentos mil reais, quando da sua primeira eleição. Passados  oito anos no poder, o ex torneiro mecânico é hoje mais um milionário brasileiro, passando à sua sucessora um país com um declínio financeiro visível ao TCU e ao MPF. A nova governante depois de quatro anos no controle da Nação promoveu um descontrole financeiro descumprindo a LDO, o que é crime, punido com a inegibilidade para ocupar cargo público, não podendo ser candidata a reeleição ,os órgãos públicos como TCU, MPF, STF, STE, aparelhados, com afilhados da Presidente, retardarão as investigações pelo MP da União até as eleições de outubro de 2014.


       Com varias manobras contrárias as leis em vigor, e enfrentando as descobertas dos escândalos, correndo o risco de perda do cargo pelas mentiras da campanha e a suspeita de que tinha pleno conhecimento de tudo que ocorria, protelando, para não dizer escondendo dos seu eleitores o tremendo rombo sofrido pelos cofres públicos. Fatos confirmados nas investigações, e a cada dia aparecem indícios de que o país esta literalmente a deriva, um barco cujo comandante mostra-se a cada dia uma inabilidade sem precedentes.


       Seus três poderes  Republicanos,  sofrem uma crise de credibilidade nunca vista e a sociedade sofre com leis de alguns deputados que tentam desconstruir os bons costumes, a religiosidade do povo e o poder dos pais, de criarem seus filho educando-os ,para que na escola o respeito ao "mestre professor” seja devidamente respeitado, mas as escolas  públicas no lugar das matérias convencionais,  entra a doutrinação  política, práticas contrárias ao ensino aprendido nestes cinco séculos.  

       O sermão do Padre Antonio Vieira (O bom ladrão) ao tratar sobre    líderes e estimados governantes, e suas atitudes nefastas, que desfilavam suas aparências de poder e santidade, ainda que esses fossem obtidos através de atitudes  nada nobres:  tomar conhecimento, e não tomar providências, mas permanecer calados ”já naquela época dizia o mestre Vieira. 

       A salvação não pode entrar sem se perdoar o pecado, e o pecado não se perdoa sem se restituir o roubado: Non dimittitur peccatum nisi restituatur ablatum. (Os pequenos) roubam um homem, (os grandes) cidades e reinos. (Aqueles) furtam debaixo de riscos, esses sem temor ou perigo,(os pequenos) se furtam, são enforcados, (os grandes) furtam e enforcam[...] Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos.O que entra pela porta poderá vir a ser ladrão, mas os que não entram por elas já o são. Uns entram pelo parentesco outros pela valia, outros pelo suborno, e todos pela negociação[...] pois se eles furtam com os ofícios, e os consentem e os conservarmos nos mesmos ofícios, como não levar consigo ao inferno os que consentem? (Trechos extraídos do Sermão do Bom ladrão, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa, no ano de 1655).

As comparações foram extraídas da.
Bibliografia:
História da Literatura Brasileira (atualizada), Ed. Leya, 2010.  Carlos Nejar

Rio 26/ 03 / 2015.

  Janilsonroberto.blogspot.com
                                                                      

sábado, 18 de julho de 2015

Observando o tempo

Esse assunto chama a atenção pelas diferenças com que cada pessoa observa e enfrenta o passar do tempo, e como reage aos seus efeitos em relação a natureza e as relações sócio-economicas do dia a dia em suas vidas, enfrentadas em cada épocas, passadas ou presente, na preparação do futuro de tudo que acontece na sociedade que vivemos, tomando as atitudes, alicerçados ao que foi observado em cada época. - Neste momento observo,( e Posso tomar como exemplo), o tempo que os surfistas levam observando a situação do tempo e o movimento das ondas, bem antes tomar a difícil tarefa de cavalgá-las, o olhar atento a cada movimento, o vento e sua direção; e tudo que poderá ajudar para suplantar as dificuldades na ultrapassagem da arrebentação e domar aquele “cavalo azul de crina branca”, a prancha, sua sela, os arreios amarrados ao tornozelo.Toda essa preparação e atenção tem um objetivo,aperfeiçoar “habilitando-se para facilitar, o domínio da grande onda a sua frente, e cavalga-la e domina-la com conhecimento”.

Um filme passado na TV, conta uma história de ficção em que a Terra foi invadida por seres extraterrestres, com armas capazes de destruir toda a frota naval Norte Americana.As armas usadas pelo inimigo giravam e quando alcançavam o alvo serravam os navios de guerra em pequenos pedaços.Um oficial, muito jovem, comandava a operação de resistência ao invasor. Indo em direção a área onde travava-se a batalha, passou por uma solenidade que acontecia no trajeto, onde ocorria o confronto no mar, distante algumas milhas náuticas.

Ficou observando por alguns minutos, aquela solenidade de despedida, do velho encouraçado e sua tripulação. Pois tratava-se de um navio de alto poder destrutivo e a resistência de seu casco duplo blindado, muito resistente as bombas do inimigo,e sua tripulação: Quando na ativa era considerada muito competente. Ao chegar no teatro de guerra, fez várias tentativas para vencer o inimigo, mas os seus navios foram para o fundo do mar. Lembrou de sua observação durante seu trajeto, reuniu seus comandados sugerindo que fosse usado o velho encouraçado para combater o inimigo e suas poderosas armas, a tripulação explicou que por se tratar de um navio com tecnologia antiga, eles não dispunham de conhecimento para operar aquela máquina, poderosa mas obsoleta, resolveram convocar também o que restou de sua antiga tripulação contando com o conhecimento dos velhos marinheiros, que repassou tudo, à jovem tripulação, para operar aquela nave antiga mais eficiente,capaz de resistir o poderio das armas inimigas..

Feitos os preparativos, partiram para o enfrentamento com o poderoso inimigo, saindo vitoriosos no combate, livrando a humanidade de ser exterminada, resultado de uma simples observação e confiança na experiência dos velhos marinheiros.

A observação confere a quem tem essa habilidade a força e o poder para tomar atitudes com mais acertos em relação a cada época ,seja no passado ,presente e como projetar o futuro,de sobrevivência de um povo. Verificamos na primeira historia o presente na pessoa do surfista atento a tudo em sua volta para atingir seu objetivo pessoal, a segunda historia” uma ficção” tem um alcance mais abrangente ela nos mostra o observador na pessoa do capitão, olhando algo do passado no caso, o velho encouraçado e sua experiente tripulação, encorajando-o a tomar uma decisão, visando o bem estar e sobrevivência de uma nação ou de um povo como a unidade, citada na ficção.

Neste século, é fundamental que toda os brasileiros, procurem com urgência ser um observador” um pensador individualmente” para suplantar as dificuldades que surgem a cada dia, entendendo ideias ,conceitos novos, que são colocados para todas as classes sociais, colocando-as em conflito,fomentando o ódio e já apontam soluções bélicas, quando só a paz produz fruto de justiça e paz.

Façamos como o jovem comandante marinheiro da ficção, vamos visitar a historia através dos livros , visitemos os museus ,tudo que foi retratado e escrito,façamos esta viagem ao passado para que nossas decisões permita as futuras gerações,não as prisões ou os degredos de outrora, nem os calabouços que tanto mal fez no passado, hoje,”herança maldita que não sai da lembrança dos nossos avós e nos rodeiam com sua sombra”vamos procurar observar conhecer, porque segundo o profeta Oséias: Se referindo a fonte de todo conhecimento!” Deus” A chuva quando cai promove uma transformação radical, tudo fica colorido e abundante no viver de cada ser, tanto vegetal como animal.Sejamos portanto Observadores de tudo em nossa volta, para que nossos filhos e netos desfrutem a cada dia de um novo amanhecer com conhecimento de causa.

Na 2ª grande guerra mundial os alemães passaram anos construindo uma arma mortal, e a laçaram ao mar , “o encouraçado BISMARCK “apelidado, o terror dos mares, ele quase destruiu a frota inglesa ao afundar o mais famoso encouraçado inglês, o primeiro ministro Winston Churchill ,observando o estrago que o vaso de guerra produzia, determinou aos seus almirantes, afundem o BISMARCK!O que foi feito, livrando as tropas aliadas daquela arma mortal do inimigo.dando inicio a reação vitoriosa dos aliados.

O povo Brasileiro vivenciou e não observou com cuidado a construção de uma arma política capaz de desconstruir toda sociedade brasileira não só apropriar-se de riquezas, mas desfigurar uma sociedade inteira, de quinhentos anos, não só de valores minerais ,mas também nossos valores familiares,religiosos e éticos..Aqui nas terras tupiniquim foi construido durante doze longos anos uma arma política tão destrutiva como aquele vaso de guerra Alemão por nome: ” BISMARCK” Que vem afundando não só a economia Brasileira, mas também roubando e usurpando direitos , enganando e destruindo todo um complexo industrial que levaram anos para ser construidos com o suor do povo...Jovens brasileiros não se deixem enganar! não deixem que afundem o Brasil!

Afundem o BISMARCK !Representado pelos partidos no poder e seus aliados, que aparelharam os poderes da nação antes independentes e hoje aparelhados não deixem que o amanhã de nossas famílias sejam sombrios “Sem esperança no amanhã de um futuro melhor”.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Entre Estrelas

Atravesso a escuridão do universo
Nesta viagem, cavalgo cadente
Estrela , cortando, clareando a negra noite  
Facho de luz através da imensa escuridão,
Com pequeno espaço de tempo logo chegarei ao chão.

O atrito com o ar transforma meu cavalo,
Fusão, uma cascata de fogo!
Deslumbro ao longe o fulgor dos planetas,
Luas e estrelas cintilam, emanando brilho,
Criando no espaço meu, iluminado caminho  
Sigo deslumbrado, meu cavalo andarilho.

Contemplo constelações, outras estrelas
Vejo o cruzeiro do sul, que aponta a esfera azul,
E a visão dos relevos e depressões, meu habitar natural
E a Lua em sua volta, que no seu rodopio iluminado
Cria em mim muita inspiração,  fantástica contemplação
Visualizei  Marte antes que fosse recém-chegado

Nesta escura noite, baixei a cabeça
Cadente atravessando o céu
E a luz, com o apagar da visão
Por um segundo, a realidade.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Oração

O instinto natural do homem em busca do criador se dá através da fé, que o leva a buscar esta conversa com o seu criador, tendo como fiador e advogado Jesus Cristo. Nesse momento é preciso confiar que fomos lavados pelo sangue derramado no calvário, deixando que o espírito domine sobre a matéria pedindo sempre perdão pelos pecados antes de invocar o seu nome. “Se eu atender a iniquidade do meu coração, o senhor não me ouvirá” (Salmo,66-18).

Tendo convicção que com a vitória sobre a morte “ Jesus” é a porta aberta para a eternidade e que devemos aproveitar enquanto vivemos aqui, neste mundo - esta entrada para a vida celestial -, porque quando nossos olhos fecharem para a vida, essa porta também fechará eternamente. Devemos desfrutar suas promessas de salvação agradecendo em oração, nosso escudo no combate a nossos enganos e imperfeições que desagradam ao Deus. A oração funciona como glóbulos brancos em nosso sangue, que destroem as bactérias que causam inflamações no organismo. A primeira epístola a João, capítulo dois, diz: “Meus filhinhos,estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas se alguém pecar, temos um advogado para com o pai, Jesus cristo o justo”. Outra referência bíblica nos acrescenta mais detalhes: Ora nós sabemos que Deus não ouve a pecadores (João 9-31). Para justificar nossas falhas é preciso pedir em nome de Jesus, nosso intercessor, nosso Salvador e advogado. Mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade a esse ele ouve, se por algum motivo saímos da comunhão ao voltar, pedimos perdão pelos pecados praticados.

Jesus cristo se encarrega de purificar-nos (Jesus é a justificação pelos nossos pecados ) o sangue derramado na cruz retira nossas impurezas para que Deus receba nossas petições. Esta comparação nos faz entender como nos tornamos fortes e preparados para que Deus opere maravilhas através de nós, quando oramos e praticamos o mandamento bíblico “orai sem cessar” (1° Tess 5:17). Se praticarmos este pequeno mandamento, nos tornamos espiritualmente capazes de enfrentar os momentos de dificuldade que surgem a cada dia de nossas vidas. Quando deixamos de orar ficamos debilitados, fracos espiritualmente. Por essa razão precisamos orar com fé, quando pedimos perdão. Antes de orar ao nosso Deus a oração traz primeiramente o perdão, portanto ficamos mais puros para falarmos com ele. Usamos a oração como instrumento para chegarmos até Deus, tendo jesus como nosso fiador, intercessor. A oração serve para Enlevo d’alma, conforto ao coração. Sossega o espírito e dá segurança, nos tornamos uma fortaleza espiritual, basta com fé pedir em oração.

Deus nos ama, por isso a recomendação é amar a Deus sobre todas as coisas, pois ele nos amou primeiro, é preciso buscá-lo em espírito e em verdade, isto é: com sinceridade, agradecidos, humilhados. Peça a Deus e ele ouvirá o clamor do filho que na angústia o procura com súplica, numa conversa sincera, colocando-se aos pés do todo poderoso.

Quando tudo está bem, agradeça, mas nos momentos de dor peça o conforto, pois a sua misericórdia dura para sempre, basta confiar e pedir em oração.

Está aflito? Ore! Seus queridos estão com problemas? Interceda por eles em oração! E Deus ouvirá do alto e sarará suas feridas. Jesus, que teve seu sangue derramado na cruz intercederá sempre por nós, seus filhos ( Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito para todo aquele que nele crer não pereça mas tenha a vida eterna. João 3-16). Se Deus nos amou com tal grandeza, amemos pois o nosso próximo como a nós mesmos, porque quando oramos uns pelos outros estamos imitando o nosso Deus, que cuida de todos através das nossas ORAÇÕES.

Rio , 20 de janeiro de2015---janilsonroberto.blogspot.com









terça-feira, 21 de abril de 2015

Vale tudo no meio evangélico?


Mas o fruto do espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo, crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscência.

Gálatas 5. 22-25

Se vivemos no espírito, andemos também no espírito.
Quem tem ouvido ouça o que o espírito diz às igrejas.

Apocalipse 3.6

Aceitamos com facilidade o fim de algumas de nossas virtudes. Exemplifico: da resistência às práticas que não estão fundamentadas na Bíblia.

Proclamamos uma verdade para em seguida esquecer tudo que foi dito, fazendo ouvidos moucos ou fazendo vista grossa aos discursos que estão na contra mão do que dizem as Sagradas Escrituras? Nos omitimos, evitamos fazer referência a seus textos,  falando para entreter o plenário como num verdadeiro show, exibição de uma suposta fé a ouvintes, quando na verdade o espirito deveria ser convidado a nos

modificar, santificar. Temos medo de combater o despotismo ou a autocracia de alguns lideres que optaram por impulsos meramente humanos. A mensagem deve ser maior que o ornamento! A prioridade no púlpito é fazer rir? Atrair uma platéia com a desculpa de descontrair chamando a atenção? Ora, há tempo para tudo! Nosso culto tem que convergir para ele: Jesus, é para ele e dele tal momento  de fé e contricão, adoração e louvor. Ele é quem intercede por nós, é digno de toda honra e glória.

Jesus, depois de entrar em Jerusalém montado em uma jumenta, viu transformações que começavam a acontecer já no inicio do seu ministério e irou-se com o que presenciava (Mateus 21.28-31). Propôs uma parábola dizendo: -Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: filho vai trabalhar hoje na minha vinha.


Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.

 

E dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, Senhor; E não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os “publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus”. Há pessoas fundando comunidades cristãs e cultivando valores como arrependimento, harmonia, entendimento e fuga ao materialismo. Colocam ali suas emoções, esperanças e desejo de serem úteis à todos. Contudo há outras pessoas que se encarregam de desmoralizar pela mentira, mercantilizar e esfriar a fé, ridicularizar o empenho alheio em prol de orgulhos pessoais ou medo de perder seus cargos remunerados. Escolhem a dedo seus protegidos para compor a diretoria de suas comunidades, escolha que deveria ser responsabilidade de toda igreja, reunida.

Se não há um ambiente de amor, compreensão e perdão tal qual Jesus pregou, não há Igreja. Pelo que sabemos desde Isaac Newton,
todo o universo é um complexo em que nenhum elemento pode faltar. Na visão espiritual também. Onde está  o aperfeiçoamento para um ambiente de transparência? A observância da palavra de Deus, a Bíblia? A seriedade do que fazemos está em jogo, e estamos no púlpito nos esforçando para fazer a Igreja rir? Vivemos uma época em que a desconfiança é a regra, e para a grande maioria somos meramente aproveitadores, “empreendedores” da fé. Por isso devemos fazer um esforço para colocar nossas vaidades sob nossos pés, compreender aqueles que discordam das decisões tomadas durante as reuniões, fazendo uso de palavras e atitudes cristãs, buscando sempre o respaldo biblico, o entendimento, a união, dando o exemplo e mantendo nossa consciência limpa diante de Deus.
Fazendo assim seremos autênticas testemunhas de Cristo, em busca da paz com os irmãos que não partilham da mesma opinião tanto secular como eclesiástica. Em busca da paz até mesmo com aqueles que não compreendem a fé, como recomenda a palavra de Deus: a BÍBLIA!
 

Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora ,o fruto da justiça semea-se em paz para os que promovem a paz.

Tiago 3:17.18

domingo, 29 de março de 2015

O trajeto

Há dois anos, fui convidado para uma missão prazerosa, e a meu ver edificante. Minha primeira nora me fez um pedido, e mesmo que eu procurasse disfarçar, ficaram visíveis minha alegria e satisfação ao ouvir dela a frase: - O senhor pode buscar o Pedro lá no colégio pedro II, às 18 horas? Fiquei por alguns segundos calado, tal foi minha emoção. Respirei fundo e respondi: -Claro que posso! Como nunca havia viajado de barca, a missão tornou-se uma mistura de conhecimento e aventura aos 69 anos.
No primeiro dia , me preparei ainda cedo, já que a barca sairia as 16:20H, armei-me com meu cartão RIOcard e parti para estação no Cocotá. Cheguei muito cedo, fiquei esperando cerca de vinte minutos, passei meu cartão e sentei num dos bancos a fim de aguardar a liberação da entrada.
Tudo era novidade, a estação  confortável, os funcionários educados, um lugar cuja temperatura não passa dos 30°. Embarquei na parte de cima, onde a visão da Baía de Guanabara proporcionava uma contemplação no mínimo deslumbrante. Passei a observar com curiosidade de pricipiante, olhando o cenário  durante todo o trajeto.
Atracamos na estação Praça Quinze. Antes do desembarque vi o pouso de uma aeronave no Santos Dumont, vi o Pão de Açúcar e o Cristo de braços abertos para todos que chegam à cidade. Ao caminhar para a avenida Marechal Floriano (com uma breve pesquisa na internet, descobri que essa rua também é conhecida como Rua Larga de São Joaquim) havia muita poeira devido à demolição do elevado da Perimetral.
Atravessei a Praça XV de Novembro, passando pela estátua de Manuel Luís Osório, até parar em frente às duas igrejas católicas seculares construídas na época que a avenida Primeiro de março, entre eu e as igrejas, se chamava rua Direita. Já escurecia quando apressei o passo, entrando pela rua do Ouvidor, onde funcionavam as antigas Gafieiras e alguns bordéis. Dobrei a direita na rua da Quitanda rumo à igreja da Candelária, e por curiosidade, como ainda dava tempo, resolvi visitar seu interior. Logo na entrada fui tomado por um calafrio diante da beleza e perfeição daquelas pinturas e esculturas, das imagens seculares retratadas, mensagens que atravessaram o tempo e que naquele dia sussurravam silenciosas aos meus ouvidos seus belos poemas feitos sob a luz e a sombra que ainda dançavam sob pincéis, cinzéis e martelos atemporais daqueles artistas. Viajei mentalmente à  época em que as obras foram produzidas e fiquei por alguns instantes a ouvir o burburinho das conversas de seus autores em minha imaginação.
Saí da igreja encantado, deslumbrado com tanta perícia e beleza. Segui em frente, pois uma pequena igreja lá na esquina da avenida anunciava em badaladas de sino que já eram seis horas. Apressei o passo e finalmente cheguei ao famoso colégio Pedro II. Na entrada, um guarda bem uniformizado perguntou se podia ser útil, expliquei o motivo de minha presença e ele me orientou que esperasse, pois a turma já tinha sido liberada. Enquanto esperava, fiquei postado diante de uma escada muito antiga feita ferro fundido e madeira entalhada, que imaginei ser obra de antigos artesões, e visualizei também um quadro com fotos de ex-alunos e presidentes que estudaram no educandário famoso. Entre os que aguardavam, ansiedade.
Enfim me sai Pedro, meu neto, como sempre tranquilo.
-Oi vô.
-Oi pedro, tudo bem?
Perguntei , ofereci um lanche que trouxe de casa, dois hambúrgueres caseiros e duas garrafas de suco, ele consumiu a metade deixando o resto para a viagem de retorno.
Voltamos apressados com receio de perder a barca de 18:40H, a estação estava lotada quando o portão abriu. Foi uma correria.
-Vamos vô!
Entramos rapidamente na barca e conseguimos pegar um lugar próximo à janela, já que Pedro tem preferência pela janela. Fiquei ao seu lado, perguntei como foi o dia na escola, ele gosta de usar um vocabulário curto.
-Tudo bem, respondeu.
No trajeto de volta ele começou a contar como foi sua aula de ciências. Enquanto ele falava de bactérias, vírus e infecções, eu ouvia com atenção em meio à bela paisagem noturna. Os navios todos iluminados. Começamos a passar sob o grande arco de concreto e aço, a ponte Presidente Costa e Silva, chamada de ponte Rio-Niterói, que a noite transformara num grande arco neon com as cores dos faróis dos carros que passam. Já chegando à ilha do governador, para fechar o trajeto, olho à esquerda e vejo iluminada sob um brilho amarelado a igrejinha do Morro do Ouro.

Observe você também a singularidade desse trajeto. Vá de dia à cidade e volte a noite para a Ilha do Governador, a terra dos Maracajás. A cidade dos Cariocas é sem sombra de dúvidas maravilhosa, não só pela sua beleza, mas também pelo seu acervo histórico e cultural.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Exortação Dissimulada

Ai daqueles por quem vier o escândalo. Esse texto, muito usado por alguns líderes, tem o objetivo de corrigir algum desvio disciplinar dos seus liderados. Tais líderes confundem-se em sua interpretação ao justificar problemas administrativos ou mesmo eclesiásticos, quando opiniões ou idéias chegam a ponto divergente.

Sempre que os ânimos se exaltam, apela-se para a justificativa da indisciplina. Mesmo que fique claro que a sugestão do liderado é correta, o medo de provocar um escândalo nos leva a ficar calados quando devíamos falar, deixando a proposta da minoria prevalecer. Isso traz insatisfação e opressão psicológica para o maior grupo, que sente seu direito de opinar sobre o destino de sua igreja subtraído por seleto grupo, que em reuniões, na maioria das vezes, compostas por amigos ou parentes do líder, decidem o destino da comunidade cristã.

Jesus não escolheu amigos nem parentes para defendê-lo em seu ministério, pelo contrário: chamou a estranhos. Em II Pedro 2:20-22 está escrito:

"Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama".

Jesus ensinava desejoso de que seus seguidores o imitassem pois suas ações falavam por ele, justo, misericordioso, conselheiro, trazia o fruto da justiça em paz e exercitava essa paz com os que amavam um ambiente assim (Encontramos em Tiago esta descrição) para exortar é preciso mostrar com ações o que se diz em discurso ou sermão.

Convém analisarmos com cuidado alguns textos da bíblia, porque muitos líderes o fazem, objetivando seus sonhos seculares. O apóstolo Paulo quando nos convidou a imitá-lo (pois ele era imitador de Cristo), trazia no seu conteúdo um alerta para a futuras igrejas.

Caifás manipulando: SOLTEM BARRABÁS!
Sobre os mercadores - mercenários da fé - que mascaram através da manipulação das paixões seus verdadeiros objetivos (que normalmente resumem-se em assegurar a seus descendentes um patrimônio que garanta uma vida com muito conforto e pouco trabalho) devemos lembrar sempre do perigo de apoiar opiniões sem procurar conhecer bem aquele que propõe, analisando com imparcialidade e cuidado suas palavras. Vamos imitar Jesus em tudo, pois o que fica claro é que boa parte dos que se dizem imitadores de Jesus são um espelho do que foi Caifás, manipulador, pois seus engendramentos condenaram um inocente à morte: Jesus. Caifás exerceu uma autoridade "espiritual" implacável para condenar o filho de Deus. Hoje os bens realmente espirituais são pouco divulgados, os lideres não falam neles, interessados que estão em juntar tesouros na terra. Desafio tais gananciosos a fazer testamentos afirmando que abrem mão de seus bens materiais! Viver dignamente não significa exigir bens provenientes do dízimo de pobres ovelhas que em sua maioria não tem sequer o que comer. Imagine o quanto dói no coração de Deus quando o fazem pensando em guardar uma porção desse dízimo para si! Tal exigência, tal exortação, é uma afronta à massa cinzenta do ser criado à imagem e semelhança do criador de todos nós. Paulo, em sua segunda carta aos coríntios 9:7 é muito claro:

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria".

Hoje vemos lideres expulsando ovelhas do aprisco, enquanto Cristo perdoou uma mulher apanhada em adultério, dizendo a ela: "não te condeno". Excluem quando a ovelha possui pontos de vista que fogem aos seus interesses. Os iníquos não são os que votam contra os projetos do líder e seu grupo, e sim os que insistem em uma vida pecaminosa. Por isso ao falar àquela mulher Jesus completou com a tão famosa frase: "vai e não peques mais".

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Uma Vírgula



Está escrito: “Declaro a todos os que ouvem as palavras da profecia deste livro: se alguém lhe acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro” (Apoc. 22:18). Não damos importância ao que está escrito. Basta tomar como exemplo a extinção dos diáconos por alguns lideres. Quando não damos importância às advertências das escrituras isso é mero reflexo da religião institucionalizada (religiões segundo a bíblia não salvam ninguém) e isso acontece por um motivo principal: com o passar do tempo a “igreja” adquiriu muitos bens, e precisa manter tal patrimônio. É necessário como seguidores de Cristo que sejamos verdadeiros! Quando lemos as escrituras alguns textos são tratados de forma a assustar, e para que não haja interpretações erradas devemos estar no espírito. O desejo de atender a igreja na sua carência financeira nos leva a cometer enganos e grandes injustiças.
O Encontro de Abraão e Melquisedeque,
de Dieric Bouts O Velho, 1464–1467.
Fazer a igreja entender uma difícil situação financeira explicando que a receita não está cobrindo as despesas seria o melhor caminho para solucionar o problema, dizer como está sendo utilizado o dinheiro. No entanto o que mais acontece nos dias atuais é que os lideres das igrejas gostam de tecer ameaças aos crentes a fim de obter aumento nas contribuições, dizer que estão roubando ao próprio Deus (encontramos em Malaquias esta citação - usada como intimidação). Há várias situações que levam um membro ao não cumprimento desta responsabilidade, insatisfações e dificuldades, outros simplesmente não entregam o dízimo, entregam em outra igreja ou doam para projetos sociais fora da denominação. Quando textos bíblicos são usados para “justificar” ou “estimular” a entrega dos dízimos começa estranhas contradições: O texto mais citado nos sermões além de ser agressivo não resolve o problema, mas o leva para o campo da insatisfação, fazendo com que os membros contestem o uso do dízimo, por exemplo, para custear passeios que nada tem de missionários... Não são os mais carentes da membresia e da comunidade os contemplados com a ajuda da igreja e sim pessoas perfeitamente capazes de custear seus próprios passeios. Quando esse tipo de crítica é feita, ouvimos: “sou dizimista“ explicam os membros beneficiados.
Como deve ser empregada a receita? Responsabilidade com relação à arrecadação e gastos é assunto sério, e deve trazer sempre uma análise cuidadosa, apesar de dicotômica em essência: Responsabilidade “secular” e prática, que diz respeito à transparência e lisura, e responsabilidade espiritual, que diz respeito aos objetivos da igreja de acordo com a palavra de Deus. Entendamos pois, que a  membresia das igrejas é composta por pessoas esclarecidas e que não aceitam que a finalidade principal da receita seja modificada, que deveria ser o sustento do obreiro, a evangelização e ajuda aos carentes. Atualmente estes objetivos devem servir de alerta para os discursos que não condizem com o que nos mostra a Bíblia.
Já que na igreja primitiva todos faziam o trabalho e o dízimo era repartido apenas a fim de suprir as necessidades, na igreja moderna o mínimo que se espera é que as pessoas prestem contas do serviço pelo qual estão sendo remunerados “pelo trabalho efetuado”. O fato de que o dízimo é uma contribuição voluntária deveria ser no mínimo um apelo à consciência dos verdadeiros servos de Deus, afinal de contas "Digno é o obreiro do seu salário” (Lucas 10.7).