sábado, 9 de abril de 2016

Dor Sertaneja

Com o olhar fixo no céu, os homens da caatinga, esperam em Deus;
Com fé inabalavel, esperam uma solução:- Para falta de chuva no sertão,
O olhar triste, evitam contemplar o chão, tamanha é a devastação que
A falta de chuva provoca no árido solo do agreste ao sertão; treazendo
Sofrimento e dor , as sercanias do agreste e sertão, com falta de pão e ração.

Um olhar triste, mas esperançoso, nas providências do Deus da criação:
Fazem rezas e até procissões, confiando que Deus um dia destes, ouvirá as orações.
E assim passam o dia dividindo o que sobrou da colheita , dos dias de chuva e fartura
Que o torrão molhado, semente verde, lhes proporcione alimento , vida e o colorido das flores silvestres.
Uma sinfonia quando em sintonia com a cantoria da passarada.

Ao ouvir a trovoada e ver os raios cortando o céu, correm em direção ao rio,
Para ver a resposta a suas petições, para sentir as primeiras gotas da chuva,
Tocarem seus rostos. Demostração de fé e gratidão, a resposta do clamor nas orações,
A dor de ver a terra seca e sem cores é substituida pela esperança de fartura
Nas próximas colheitas: - Os rostos voltam-se aos céus, agradecidos que estão.

Pelas bençãos alcançadas, com a chegada da chuva
Suprindo a fertilização das terras nas suas plantações,
Pelo sorriso, que volta ao rosto de toda a filharada.
A alegria de ver o gado no verde pasto, se alimentar com o resto dos animais
São sofridas Marias e seu Josés, sertanejos, revezando escassez e fartura,
Fé, esperança, alegria , tristeza e dor: - Na vida sertaneja, do Nordeste brasileiro.



Rio 22 de março de 2016

Janilsonroberto.blogspot.com