segunda-feira, 9 de março de 2015

Exortação Dissimulada

Ai daqueles por quem vier o escândalo. Esse texto, muito usado por alguns líderes, tem o objetivo de corrigir algum desvio disciplinar dos seus liderados. Tais líderes confundem-se em sua interpretação ao justificar problemas administrativos ou mesmo eclesiásticos, quando opiniões ou idéias chegam a ponto divergente.

Sempre que os ânimos se exaltam, apela-se para a justificativa da indisciplina. Mesmo que fique claro que a sugestão do liderado é correta, o medo de provocar um escândalo nos leva a ficar calados quando devíamos falar, deixando a proposta da minoria prevalecer. Isso traz insatisfação e opressão psicológica para o maior grupo, que sente seu direito de opinar sobre o destino de sua igreja subtraído por seleto grupo, que em reuniões, na maioria das vezes, compostas por amigos ou parentes do líder, decidem o destino da comunidade cristã.

Jesus não escolheu amigos nem parentes para defendê-lo em seu ministério, pelo contrário: chamou a estranhos. Em II Pedro 2:20-22 está escrito:

"Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; Deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama".

Jesus ensinava desejoso de que seus seguidores o imitassem pois suas ações falavam por ele, justo, misericordioso, conselheiro, trazia o fruto da justiça em paz e exercitava essa paz com os que amavam um ambiente assim (Encontramos em Tiago esta descrição) para exortar é preciso mostrar com ações o que se diz em discurso ou sermão.

Convém analisarmos com cuidado alguns textos da bíblia, porque muitos líderes o fazem, objetivando seus sonhos seculares. O apóstolo Paulo quando nos convidou a imitá-lo (pois ele era imitador de Cristo), trazia no seu conteúdo um alerta para a futuras igrejas.

Caifás manipulando: SOLTEM BARRABÁS!
Sobre os mercadores - mercenários da fé - que mascaram através da manipulação das paixões seus verdadeiros objetivos (que normalmente resumem-se em assegurar a seus descendentes um patrimônio que garanta uma vida com muito conforto e pouco trabalho) devemos lembrar sempre do perigo de apoiar opiniões sem procurar conhecer bem aquele que propõe, analisando com imparcialidade e cuidado suas palavras. Vamos imitar Jesus em tudo, pois o que fica claro é que boa parte dos que se dizem imitadores de Jesus são um espelho do que foi Caifás, manipulador, pois seus engendramentos condenaram um inocente à morte: Jesus. Caifás exerceu uma autoridade "espiritual" implacável para condenar o filho de Deus. Hoje os bens realmente espirituais são pouco divulgados, os lideres não falam neles, interessados que estão em juntar tesouros na terra. Desafio tais gananciosos a fazer testamentos afirmando que abrem mão de seus bens materiais! Viver dignamente não significa exigir bens provenientes do dízimo de pobres ovelhas que em sua maioria não tem sequer o que comer. Imagine o quanto dói no coração de Deus quando o fazem pensando em guardar uma porção desse dízimo para si! Tal exigência, tal exortação, é uma afronta à massa cinzenta do ser criado à imagem e semelhança do criador de todos nós. Paulo, em sua segunda carta aos coríntios 9:7 é muito claro:

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria".

Hoje vemos lideres expulsando ovelhas do aprisco, enquanto Cristo perdoou uma mulher apanhada em adultério, dizendo a ela: "não te condeno". Excluem quando a ovelha possui pontos de vista que fogem aos seus interesses. Os iníquos não são os que votam contra os projetos do líder e seu grupo, e sim os que insistem em uma vida pecaminosa. Por isso ao falar àquela mulher Jesus completou com a tão famosa frase: "vai e não peques mais".

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