quarta-feira, 2 de julho de 2014

Criação

     Contemplei a noite da janela, o infinito descortinando ao longe as estrelas,  pequeninos pontos de luz. A lua estendendo seu brilho, luz  recebida da estrela mais próxima, o sol, trazia muita inspiração, e clareava a escuridão. Obra do criador.
    Mais uma vez, contemplei o universo, um complexo perfeito! Tudo se encaixa em cada elemento, em perfeita harmonia. E o espirito do criador se movia sobre as águas do mar, próximo à janela.
    Mas, e se algo sai do natural? Então, surgem as catástrofes: No obscuro do meu interior, tudo é abstrato, intocável! Faço perguntas a mim mesmo. Não há eco. Fico sem  respostas. Mais uma vez, incomodo o meu ser, com as mesmas perguntas, já que não encontro uma resposta que satisfaça, por completo esse complexo universo invisivel que tenho dentro de mim, do meu inconsciente.
     Na minha religiosidade eu consigo preencher o vazio, com Jesus cristo e suas promessas, mas esta luz que ilumina e transforma os caminhos equivocados que tomamos, “crendo pela fé no filho de Deus”, não responde o abstrato que povoa minha mente. No universo tudo se encaixa perfeitamente, mas aqui dentro do meu ser, não encontro elo nem respostas.
     Em vias de me tornar avô, pela primeira vez, fiquei curioso para saber  se o  meu primeiro neto seria macho ou fêmea, cinco meses de espera a ultra sonografia revelou que se tratava de um menino, poderia ser fêmea, a alegria seria a mesma, pois entendo que a espécie continuava, um ser cuja imagem e semelhança é a do Criador.
     Por pensar assim, sou taxado de homofóbico, palavra criada por um psicólogo americano no ano de 1971, George Weiberg.
     Há pouco tempo, via a televisão, quando uma cantora muito famosa, dava uma entrevista, afimava ela que havia descoberto que amava outra senhora e, a partir daquele momento, assumia a relação, e que seus filhos compreenderam e aceitaram tudo com normalidade.
     Todas as vezes que olho alguém na sarjeta, me questiono, sobre a imagem e semelhança de Deus. Isso também acontece quando leio jornais, que informam sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo por exemplo. Como? O que aconteceria se no universo, algo saisse de seu percusso ou eixo natural? No mínimo, morreria mais da metade dos seres vivos, ou deixaríamos de existir sobre a face da terra.
     Algum tempo, um programa de tv mostrava dois primatas, muito pequenos, encontrados na mata virgem, estavam em êxtase com a descoberta, pois tratava-se de um casal fêmea e macho que estavam em extinção, a anos. Justifica-se a alegria dos pesquisadores, imaginando que se fossem dois machos ou duas fêmeas a procura continuaria por muito tempo. Diante destes fatos, fica cada vez mais difícil aceitar como normal a  realidade em relação aos seres  humanos, que procuram a todo custo incutir na cabeça  a  normalidade deste comportamento: as relações entre pessoas do mesmo sexo.
    A lei criminaliza e já pune quem discriminar, espancar ou cometer assédio moral, portanto, não justifica criar mais leis para cumprir as leis existentes. Se meu comportamento não prejudica meu vizinho ou quem estiver em minha volta, pois tenho livre arbítrio para fazer minhas escolhas, quero o mesmo tratamento para os meus semelhantes. 

 Rio 10 de outubro  2012
janilsonroberto.blogspot.com                                                                                                 
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