Contemplei a
noite da janela, o infinito descortinando ao longe as estrelas, pequeninos pontos de luz. A lua estendendo seu
brilho, luz recebida da estrela mais próxima,
o sol, trazia muita inspiração, e clareava a escuridão. Obra do criador.
Mais uma vez, contemplei
o universo, um complexo perfeito! Tudo se encaixa em cada elemento, em perfeita
harmonia. E o espirito do criador se movia sobre as águas do mar, próximo à
janela.
Mas, e se algo sai
do natural? Então, surgem as catástrofes: No obscuro do meu interior, tudo é
abstrato, intocável! Faço perguntas a mim mesmo. Não há eco. Fico sem respostas. Mais uma vez, incomodo o meu ser,
com as mesmas perguntas, já que não encontro uma resposta que satisfaça, por
completo esse complexo universo invisivel que tenho dentro de mim, do meu inconsciente.
Na minha
religiosidade eu consigo preencher o vazio, com Jesus cristo e suas promessas,
mas esta luz que ilumina e transforma os caminhos equivocados que tomamos, “crendo
pela fé no filho de Deus”, não responde o abstrato que povoa minha mente. No
universo tudo se encaixa perfeitamente, mas aqui dentro do meu ser, não
encontro elo nem respostas.
Em vias de me
tornar avô, pela primeira vez, fiquei curioso para saber se o
meu primeiro neto seria macho ou fêmea, cinco meses de espera a ultra
sonografia revelou que se tratava de um menino, poderia ser fêmea, a alegria seria
a mesma, pois entendo que a espécie continuava, um ser cuja imagem e semelhança
é a do Criador.
Por pensar assim,
sou taxado de homofóbico, palavra criada por um psicólogo americano no ano de
1971, George Weiberg.
Há pouco tempo,
via a televisão, quando uma cantora muito famosa, dava uma entrevista, afimava
ela que havia descoberto que amava outra senhora e, a partir daquele momento,
assumia a relação, e que seus filhos compreenderam e aceitaram tudo com
normalidade.
Todas as vezes
que olho alguém na sarjeta, me questiono, sobre a imagem e semelhança de Deus. Isso
também acontece quando leio jornais, que informam sobre o casamento entre pessoas
do mesmo sexo por exemplo. Como? O que aconteceria se no universo, algo saisse
de seu percusso ou eixo natural? No mínimo, morreria mais da metade dos seres
vivos, ou deixaríamos de existir sobre a face da terra.
Algum tempo, um
programa de tv mostrava dois primatas, muito pequenos, encontrados na mata
virgem, estavam em êxtase com a descoberta, pois tratava-se de um casal fêmea e
macho que estavam em extinção, a anos. Justifica-se a alegria dos pesquisadores,
imaginando que se fossem dois machos ou duas fêmeas a procura continuaria por
muito tempo. Diante destes fatos, fica cada vez mais difícil aceitar como
normal a realidade em relação aos seres humanos, que procuram a todo custo incutir na
cabeça a
normalidade deste comportamento: as relações entre pessoas do mesmo sexo.
A lei criminaliza
e já pune quem discriminar, espancar ou cometer assédio moral, portanto, não
justifica criar mais leis para cumprir as leis existentes. Se meu comportamento
não prejudica meu vizinho ou quem estiver em minha volta, pois tenho livre arbítrio
para fazer minhas escolhas, quero o mesmo tratamento para os meus semelhantes.
Rio 10 de
outubro 2012
janilsonroberto.blogspot.com
janilsondasilva@gmail.com
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/tag/george-weinberg/
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